Tuesday, November 27, 2007


ali estava eu, esperava por ele, passei pelo seu trabalho e foi quando tudo desabou: vou ser pai! ouvi essas palavras sairem de sua boca, sua alegria era a minha tristeza, o meu olhar ia morrendo a medida que o sei ia crescendo, nao queria viver, pensava que teriamos uma segunda oportunidade, mas nao, foi tudo uma ilusao. sai dali a correr, peguei no carro e parti, a chuva tirava-me a visao, assim como as lagrimas que me escorriam pelo rosto. meu peito doia, nao aguentava mais, parecia que meu coraçao ia explodir, estava confusa, amava-o, mas tambem o odiava, sentia-me vazia, mas tambem cheia de algo estranho emedonho. queria morrer. nao foi preciso pedir muito, veio uma curva apertada e um carro tambem, que com a chuva despistou-se e mandou-me para o precepicio. morri.



la estava eu, a sua espera, queria tanto ve-la e tocar, sabia das novas, iamos ter um filho, uma amiga dela contou-me, queria abraça-la e pedir desculpa por tudo, queria ama-la para sempre e te-la nos meus braços com a nossa criança. ela nunca mais vinha, liguei-lhe para o telemovel,mas estava desligado, sentia uma angustia muito grande, nao conseguia perceber tal dor. quando estava deitado sem conseguir dormir meu telefone tocou, minha mae foi atender, achei estranho o seu tom d voz, fui ate a sala, olho para ela e vi seu roso vermelho e a dizer apenas k nao acreditava, fez umas perguntas de forma tremula, ate que meu viu ali a olhar preocupado: filho, lamento, ela teve um acidente de carro..........

-ela esta muito ferida, onde esta ela, em que hospital?

-desculpa mas ela nao......................

gritei, subi ate meu quarto e e vesti-me, tentei ligar outra vez, mas o telefone continuava desligado. peguei nas chaves e perguntei a minha mae em que hospital ela estava. parecia um louco pela cidade, queria estar com ela. ia muito rapido, nao consegui parar no vermelho, meu carro guinô, outro carro nao conseguio parar. morri.


aqui esta uma triste historia de amor que teria um final feliz, mas nao aconteceu e tudo porque alguem se meteu onde nao devia, tudo para destruir um grande amor, mas a unica coisa que conseguiu foi o peso de dois corpos na sua alma, agora eles vivem nas estrelas e protegem os casais apaixonados, pois nas noites chuvovas as almas choram e os olhos nao veem o perigo. amem, nao tenhao medo, e cuidado com as lacunas. um beijo

Saturday, November 24, 2007

AMOR DE MAE


aqui estou eu nesta terra perdida, onde o frio apaga as alegras e a chuva corroí a alma. olho a minha volta e so vejo dor e magoa, tento sair deste terreno, mas nao consigo, meus pes estao aqui enraizados, meus dedos nao conseguem cavar esta terra rija. chamo por ti, mas tu nao vens, nao me ouves. esta terra é de surdos, vejo-te ai tambem presa nesta terra mortifura, tua energia vai se esgotando, assim como a minha. olho para ti e ali estas tu a olhar para mim com força e medo, esticas teu braço e tentas me alcançar, estico o meu com a pouca força que tenho. meus dedos tocam nos teus, e por momentos perdi o medo e a vontade de sair dali, pois tinha-te a meu lado, caiu-me uma lagrima de alegria e olhei para teu rosto, estava molhado, olhos vermelhos e labios que se mexiam de forma calma e lenta, para poder ouvir com meus olhos: amo-te, foi isto que me disseste, eu fechei os meus como resposta, quando fui sentido teus dedos a largarem minha mao, estavas a perder as forças, deste-me o pouco que restava. chorei e gritei tao alto que por momentos aqueles corpos moribundos ouviram-me. quase que cai, meu peito doia, sentia-me so, queria te ali comigo, precisava de ti, algo em mim faltava, tu.
adormeci com o chouro e quando voltei abrir os olhos vi uma luz vinda do seu, de la vinham cavaleiros prontos para nos salvar que conseguíam nos arrancar do chao sem qualquer esforço. vi meu pai, agarrou-me na mao que outrora tinha a tua. senti meus pes sairem daquela terra macabra, e vi ali teu corpo deitado. meu pai agarrou tambem no teu corpo e dali saimos, atraz de nos vinham cavaleiros com almas perdidas nos braços,ouvia aquele som cansativo mas bom, pois era sinal que todos nos dali iamos embora.
vi luz, senti ar e calor na cara, ca na relva molhada e rebolei, pois queria sentir aquela vida a entrar dentro de mim. olhei para meu pai e fiquei triste, ali estava ele sentado de costas para mim, tremia, pensava que estava ferido, mas nao tinha te nos braços, ali estavas tu, bela como sempre, dormias e descansavas, mas eternamente, toquei-lhe no ombro enquanto me baixava, sentei-me a seu lado e dei-lhe um beijo
-desculpa, a culpa foi minha, por causa de mim a mae morreu. disse eu enquanto chorava pois tinha-te perdido para sempre. meu pai olhou para mim enraivecido, pensava que me ia bater.- nao digas isso, tu nao tens culpa, tua mae fez o que eu tambem faria, morrer por ti. nunca digas que es a culpada, pois nao es, apenas foram capturadas pelas bestas, es pequena, nao tinhas forças para aguentar ate ao nosso auxilio, tua mae protegeu-te, por isso nao peças desculpa, enquanto gritava aquelas palavras meu pai chorava, ja nao via seu rosto pois as lagrimas enturvaram-me a vista, queria te de volta mama, porque me deixaste?
voltamos para o castelo, ali estavam todas as familias a espera dos seus entes, uns ja mortos outros meio desfalecidos. entrei no palacio, ao lado do meu pai que te carregava. ali estava a avó que correu ate mim, abraçou-me e beijou-me muito, o avô continuou sentado pois a dor era muita, acabara de te perder, assim como eu. o meu pai foi ate ele para te poder beijar, a avó levou-me ate ao quarto para me lavar, deu-me banho enquanto me tentava animar, mas eu so chorava, tinha acabo de te perder, e nao aguentava essa dor. quem me ia agora tapar durante a noite, dar um beijo de bom dia e contar historias para embalar?
ja estava pronta, ali estava eu de vestido branco enquanto que todos a minha volta estavam de negro, meu pai ali estava com as suas botas altas de pele, e sua capa negra. fui ate seu lado, deu-me a mao e apertou com força e olhei para ti, ali estavas tu de branco como eu, deitada, fui ate ti e dei-te uma rosa, para poderes ter algo bonito contigo. todos do palacio se foram despedir com uma venia. nao conseguia chorar pois nao percebia aquilo, nao percebia o porque de te ter perdido. mas agora sei minha mae, sei.


os anos passaram e eu fui seguindo minha vida, casei e tive uma filha linda, parecida comigo, contigo, olhos grandes e redondos, castanhos e fortes, seu rosto como o nosso, queixo fino e bochechas salientes, boca pequena e rosada que quando chora seus labio inferior incha. sua tes é igualmente branca e límpida. fui passear com ela pelo bosque como nos faziamos quando era pequena mas algo de estranho se repetia, umas almas negras em cavalos fantasmagóricos agarraram-nos e assim levou-nos. naquele cavalo. mas desta vez foi diferente nao temi pela minha vida, mas pela da minha filha, ela gritava e chorava, muito assustada. mandaram-nos para aquela terra onde logo os nossos pes ficaram presos. nao ouvia nada, fiquei surda e desnortiada ate que segundos depois recuperei a visao ali estava ela, pequena e assustada olhei para ela e vi o meu olhar de anos atraz, como chorava a minha pequena e como isso me maguava o coraçao. estiquei o meu braço com a porca força que tinha ela assustada esticou o dela ja quase moribunda ate que nos tocamos, agarrei a sua pequena mao com força e olhei para ela e disse muito lentamente para ela poder ler os meus labios: amo-te, ela fechou os seus olhos como respostas e foi quando toda a minha energia sai do meu corpo ate ela e assim fechei os meus olhos, mas ainda consegui sentir um calor e ouvir sons de cavalos que se aproximavam, sorri.

mae, uma pessoa que nos amamos e que sera sempre muito importante para nos, um ser que por nos da a vida.

Monday, November 19, 2007


aqui estou eu, sim agora sou mesmo eu a barbara, sim porque há alturas que eu sou a escritora e o narrador é activo, foi algo que estudei na escola.
uma pessoa quando escreve pode ter duas funções, relatar algo da sua vida, fazer previsões, ou então simplesmente escreve uma historia.pois é, isso é algo que gosto muito de fazer, criar historias, la esta HISTORIAS, coisas fictícias.
por isso quando escrevo alguma historia só comentem(se quiserem), quando têm para comentar da historia, mas agora dizer que estou a passar fases difíceis ou tristezas? por amor de Deus, eu apenas estou a escrever, mais nada, e alias a minha vida não é para ai chamada, se quiser falar de mim eu falo de mim, mas a alturas que não é o caso, e sinceramente já me começo a cansar de confusões sem nexo.
historias tristes têm uma razão de existir, eu gosto delas, faz-me limpar, sou meio hard core, só isso.
contos de fadas têm outra razão de ser, eu gosto de fantasia e magia, só isso.
PEÇO DESCULPA, mas já me começa a cansar, quem ficar chateado/a que fique estou-me a cagar.

Wednesday, November 14, 2007


vou vos contar a historia da minha vida, o porquê de ainda estar viva, quando por momentos a unica coisa que queria era morrer.
a muito tempo a traz eu amava um homem, éramos muito felizes, sentíamos um amor muito forte, que por momentos assustava, o facto de saber que o podia perder sentia uma angustia que sufocava, quando nao o sentia perto de mim meus olhos choravam, so me sentia bem quando sabia que seu coraçao batia com força, davamos espaço um ao outro, mas ambos sentíamos quando algo que nao estava bem, pois nossos corações batiam de forma frenética.
um dia tivemos uma noite magica, nunca me passou pela cabeça que seria a nossa ultima noite.
fomos para sua casa, jantamos a luz de velas e depois da sobremesa entregamo-nos nos braços um do outro, enquanto ele me beijava o pescoço suas maos foram abrindo o fecho do meu vestido vermelho, minhas costas lentamente foram ficando mais expostas, ia-lhe desapertando os botoes da sua camisa preta com listas cinzento escuro enquanto beijava seu peito masculo.
senti o cetim do vestido passar pelo corpo ate que acabou por cair no chao, ali estava eu esposta apenas, sentia suas maos a passar pelo meu corpo todo enquanto me encaminhava ate a cama, sentou-me ao seu colo e assim nos perdemos ainda mais um no outro, quando faziamos amor sentia meu espirito sair dop meu corpo, perdia o tino, apenas lhe queriar tirar um pedaço, uma sensaçao que tirava o folego, parecia que morria se nao o agarrace com força, ele maguava-me quando mordia meu corpo, mas isso so me fzia ter mais vontade de o marcar, minhas maos ganhavam uma força insgutavel, assim como resistencia para tantos apertos, queria-me perder no seu corpo enquanto ele se perdia no meu, pareciamos animais selvagens, que apenas queriam sobreviver com a essência do outro, algo perturbador mas tambem muito prazeroso, nao tinha fim tal desejo, minha energia aumentava a medida que era machucada, e tinha mais vontade de lhe arrancar um pedaço do corpo.
quando as energias sim desapareciam nossos corpo desfaleciam de tais males tratos, caimos nos braços um do outro com respiração ofegante e corpos moribundos, por vezes riamo-nos, espasmos de tal droga ou apenas ficavamos calados a lembrar de tal acto de loucura e preparavamos para mais uma luta de vencedores.
assim foi a nossa ultima noite, uma noite de pura paixao e loucura, onde trocávamos olhares lascivos e abraços de tornura, uma mistura de sentimentos que nos unia de forma unica e magica.
sentia um calor acolhedor no rosto, era o sol que batia suavemente no meu rosto, forma agradavel de levantar daquela cama testemunha das nossas loucuras. fui ate a janela apenas com o lençol a volta do meu corpo, senti o seus braços pela ultima vez sobre o meu corpo:- Amo-te muito, a ultima vez k ouvi essas palavras dirigidas a mim.- tambem te amo, e muito. ultima vez que tais palavras me sairam da boca a um ser com vida.
sei saber o poruqe, na altura caiu-me uma lagrima pelo rosto, mas ele nao viu, pois nessa altura ele ja estava no banho, arranjou, e deu-me um beijo no rosto, e eu sempre ali a janela apatica, sem saber o que pensar, apenas queria chorar, mas nao sabia acausa, quando ouvi a porta da rua corri a chamar pelo seu nome, cai nos seus braços e beijei-o como nunca, de forma forte assustada, senti seus labios quentes uma ultima vez.
agarrei no cigarro e voltei para a janela, ali estava ele, muito bem arranjado e pronto para o trabalho, onde eu ia horas mais tarde, foi quando vi um carro descontrulado ir em sua direçao, nao consegui gritar, foi muito rapido, apenas vi seu corpo a ser progectado, vesti o vestido e apertei pelo camanho, nao fui de elevdor, nao podia esperar por ele, corri as escadas como louca, ate que cheguei a ele, ali estva ele co0m sangue no rosto e olhos fechados, nao respirava, ja estava morto.
ali com ele nos meus braços gritei o seu nome, meu rosto estava desfigurado devido a angustia, as lagrimas corriam como um rio agitado, nao o conseguia largar, beijava seus labios que iam perdendo o calor que a pouco tinham. olhei e vi o carro parado, e dele sair um homem perplexo a dizer que os travoes falharam, tinha as maos na cabeça e nao sabia o que fazer, corri ate ele e bati-lhe com força, minhas maos nao pararavam quietas, fui agarrada por dois homens que nao me queriam maguar apenas queriam que me acalma-se, ouvi as sirenes, e meu peito ainda doía mais, corri ate ele e nunca mais o larguei, nao conseguiam, levaram-me sempre agarrada a ele ate ao hospital, quando estava deitada ao seu colo de olhos fechados senti uma picada no pescoço, e quando voltrei abrir os olhos estva deitada numa maca e ele nao estava ao meu lado, apenas chorei, ao meu lado estava a minha melhor amiga que apenas apertava minha mao, e chorava junta mente comigo, abraceia com força e gemia de dor, nao conseguia falar, tinha tanta coisa dentro de mim, so queria partir com ele, nao podia ficar assim sozinha sem ele, nao podia. um medico veio ter comigo e deu-me um comprimido, que ao fim de alguns minutos conseguio acalmar-me, deixando assim formalizar os meus pensamentos.
-quero morrer, deixa-me ir com ele, dizia eu a olhar para a minha amiga.- quero ir com ele, ele nao pode ter morrido, nao sei viver sem ele, nao posso, eu nao existo sem ele, ele é metade de mim.cai na cama sem forças e as lagrimas voltaram, mas de uma forma lenta, meus olhos perderam a visao, apenas olhava para o nada, meu coraçao batia e sentia-me vazia, morta, mas a dor nao me deixava sentir morta, mas sim viva e infeliz.
cai no esquecimento eq quando acordei estava na minha cama, na minha casa. meio tonta fui ate a sala, onde estavam meus pais e meus amigos, todos com expressões tristes.
pensava que tinha saido de um pesadelo, mas a verdade era outra. fui a cozinha e bebi um copo de leite, que logo de seguida foi repelido, nao conseguia comer nem beber. ia caindo sem forças, mas meu pai agarrou-me e ai começou o chouro outra vez, meu pai pegou-me ao colo e levou-me ate ao quarto, vi as pessoas a olharem para mim com pena e dor, o que me deu ainda mais raiva, pois parecia uma fraca, mas era verdade sem ele eu era fraca e so merecia a morte.
o corpo dele ja estava pronto, e assim tive de ganhar forças e sair de casa, fui ate a igreja, ali estva sua mae, que me abraçou a chorar e a pedir para ter força, mas estava demasiado apatica, nao conseguia chorar nem falar, apenas conseguia andar ate ele.
ali estava ele bonito como sempre, palido mas bonito, arranjei seu cabelo e beijei sua boca, enquanto uma lagrima escorria pelo meu rosto. fiquei a olhar para ele e pensar que ele dormia. e assim fiquei durante um dia e uma noite, ninguem me tirava dali, nao deixava, pois meu corpo se transformara em pedra. nao falava, pois em pensamento estava com ele, nem lagrimas ja caiam, apenas olhava para ele e falava em pensamento: vou ter contigo, tem calma, vou ja ter contigo, nao vai demorar muito tempo.
meu pai consegui-me tirar de la e levou ate ao carro, enquanto caminhavamos para o cemiterio eu olhava para a rua, como se fosse a ultima vez, paramos e vi ali a minha proxima morada, agora a do meu amor. caminhei sozinha ate a campa, todos se despediam dele, e abraçavam, mas nao lhe coneguia abraçar, nao tinha forças. a minha melhor amiga estava ali atraz de mim, agarrar-me, nao para nao cair, mas sim a dar-me força. o caixao foi para um fundo, ouvia o choro do ultimo adeus, mas para mim nao era, fui ate la e lancei uma rosa vermelha e disse para mim mesma: ate ja.
a noite ja vinha, as pessoas ja la nao estavam, e eu ali a olhar para aquele monte de terra e aquelas flores, sentei-me e sorri, e comecei a contar as nossas historias, meus pais ali estavam, queria que fizesse o meu luto, e chorasse tudo o que tinha para chorar, nao me queriam chatiar mas tinham que estar por perto. quando a noite chegou naquela noite quente de agosto fui levada pelo meu pai, quase de arrasto, nao lutei porque ja nao tinha forças, mas nao tirava os olhos da campa, onde estava o meu amor. deitei-me foi-me levado o jantar a cama, mas mais uma vez nao consegui comer, o pouco que digeria rapidamente era vomitado, a noite foi longa e quente, janela aberta a ouvir o som a dança dos morcegos, ouvir as sombras das arvores e ver a luzes a cantar enquanto passavam, ja nao conseguia chorar, estava a morrer. no outro dia quando me levantei depois daquela noite apatica senti-me tonta, fui ate ao quarto de banho, onde lavei o meu rosto e olhei para o espelho, vi sangue no meu corpo, tirei as roupas para me lavar e foi quando cai, quase morta.
quando abri os olhos senti a cama a andar muito rapido, caras a olharem para mim, e uma luz em cima, sorri e adormeci, pensava que ia morrer, mas voltei abrir os olhos, estava deitada e com soro a entrar por minhas veias, meus pais e pais do meu amado estavam a minha volta assim como minha amiga, sorriam para mim, ja muito que nao via tal sorriso.
-tens de viver, tens d ser forte, disse minha sogra, enquanto me fazia uma festa no rosto cansado.- a felicidade esta a voltar, disse aquilo enquanto sorria e chorava, nao conseguia entender, todos sorriam.
-que se passa?perguntei a minha amiga, ela veio bem junto a mim e sussorou ao meu ouvido: estas gravida.
aquilo foi muito estranho, pois sorri, ri e brilhei, senti-me bem, pois tinha um filho, um filho do meu amado, tinha dentro de mim algo so nosso, algo que mais ninguem jamais poderia fazer, aquela criança, aquele ser, fruto de um grande amor, amor eterno que nunca, jamais morreria.

- disse-te ate ja, eu sei, mas menti, nao de propósito, apenas o destino pregou-nos uma partida, nao posso morrer agora, tenho o nosso filho para criar, tenho de me manter viva para lhe contar a nossa historia, e depois aos nossos netos, espera por mim, um dia vou ter contigo, um doce beijo, ha ja agora obrigada pelas visitas nos meus sonhos, esta noite fico a tua espera.
e assim virei costas e fui com o nosso filho nos braços.
os anos passaram mas o meu amor nao, nunca mais estive com ninguem, pois era ele quem amava, criei meu filho, fiz dele uma pessoa feliz com ajuda de minha familia e da dele. ele cresceu, amou sua mulher e teve meus netos, a quem tambem contei a nossa historia.


agora estou pronta, espero que ainda estejas a minha espera, estou-te a ver, estas a chamar por mim, eu sou jovem outra vez e tu continuas lindo, aproximo-me de ti e dou-te a mao enquanto sorriu...........

Sunday, November 11, 2007

AMOR ETRENO


sozinha, aqui no meu quarto, as conchas ajudao minha mao a relaxar, enquanto meu ouvidos sao suavisados pela doce meludia das borboletas dançantes no meu tecto, paredes do meu quarto aquecem meu coraçao com o calor das delicadas estrelas cadentes que ensistem em viajar por meu quarto. penso no meu amor, doce elfo que viaja por nossas terras, procura a nossa salvaçao, e assim estou eu, feliz por ter esperanças que meu mundo nao morra, mas infeliz pois meu coraçao esta agora solitario. saudades daquele ser magnifico que me encanta com seu olhar azul cristalino, seu escorrido cabelo dourado que mais parece ser de uma criança devido ao seu tom tao clariado. tento passar o tempo, sonhando que em breve terei suas noticias, mas nada acalma estas lagrimas de trsiteza e dor, meu coraçao parece uma pequena pedra de um lago gelado, que magoa meu peito. -posso entrar? perguntou meu vassala mas tambem amiga, humana mas muito minha amiga, custa saber que um dia morrera e ficarei sem seu carinho, mas prefiro essa tristeza futura que a sua ausencia presente. -sim claro Maria8nome tao humano mas simples e delicado), que se passa' desculpa o meu estado, mas hoje nao consigo para de chorar, parece que sinto algo, mas regeito com minha cabeça, pois meu coraçao ateima em sentir tal dor e angustia. -lamento Eldar, mas tenho mas noticias, algo de muito tragico aconteceu.enquanto a maria me dizia tais palavras meu coraçao foi ficando mais apertado, vendo sua boca tremula, seus olhos ja molhados e suas maos suadas. -que se passou, conta onde esta Laiquendi' que se passou, dizia eu ja com a voz agreciva mas tambem assustada e incredula. corria em sua direçao, de forma frenetica e alucinada, o medo apuderou-se de mim, enquanto as lagrimas começavam a ganhar força para cair de forma cascatica pelo meu rosto. -Eldar perdao mas algo de tragico aconteceu, recebemos uma carta... -...carta de quem, diz nao pares preciso de saber o que se passa, o que dizia essa carta, ja atrupelava as minhas palavras quanto mais as de maria, que me segurava e tentava sentar enquanto as forças das palavras substituiam as do corpo ja meio desfalecido. -tem calma senta-te, deixa-me falar do principio para o fim, por favor nao me interrompas e ouve com calma por favor, ja chorava enquanto me tentava dar forças.- uma carta veion por um mocho, mocho branco com penas no focinho lilases(mocho de Laiquendi), era uma carta de Laiquendi, a dizer que foi capturado e avisar para nao o irmos procurar pois nao adiantava de nada, tem uma parte em especial para ti, tenho aqui a carta comigo, mas tens de ter calma eu leio a por ti. nao conseguia parar de chorar, sabia que algo nao batia certo, sabia que ele nao estava bem, mas ainda estava entre nos, sentia sua força dentro de mim, sabia que estava vivo e que precisava de o reencontrar senao quem morreria seria eu, sim eu, mesmo sendo imortal havia algo que me podia matar, a tristeza de uma partida, a ausencia do meu amor. -"meu doce anjo, como tenho saudades tuas, lamento nao ter comprido a minha promessa mas como ja sabes fui capturado, foi impossivel de escapar, eles estavam preparados, infelizmente nao consegui a pedra sagrada, mas teu pai ja deve estar a tratar disso e assim tu e toda aterra-media, amo-te muito e lamento nao poder voltar sentir o teu doce nectar, e ver esse teu grandioso olhar, como queria poder voltar a sentir o teu sedoso toque, tocar nos teus meticolosos cabelos grena, como sinto a tua falta, perdoa-me, vive, vive por mim e por ti, nao te vas a baixo, luta por mim tambem, vive como tens de viver minha linda princesa, amo-te de mais, um dia disse que te amaria ate morrer, mas é mentira, pois mesmo agora as portas da morte sinto o mesmo por ti, ou ate mais, por isso renovo minhas palavras, amarte-ei iternamente meu doce anjo de cabelos como de fogo. choarava, agora com mais forças, mas tambem mais tristeza, ele disse que me amava, e eu nao tinha maneira de rectribuir, queria tanto voltar a sentir o seu sabor, o seu toque, queriao junto a mim novamente. -Eldar, como estas minah querida, perguntou maria ja pronta para me abraçar, e assim foi ate adormecer nos seus braços quentes mas nao os desejados. maria deitou-me cuidadosamente no meu leito,, cama dorcel dourado com pendentes de esmeraldas misturadas pelo tule rosado, minha cama de turquesa com pequenas lantejolas laranjadas aqueciam meu corpo regelado, e depois de sentir minha manta de infancia, pequena mas acolhedora com pequenas fores que dançam ao sabor do vente enquanto as borboletas brincam entre elas senti-me mais calma e assim sonhei. .............................................. estou numa montanha sombrosa, onde o vento gela ate os meus pensamentos, tenho um casaco comprido que me tenta proteger de tal tempestade, mas minhas faces ja sentem os danos do frio, esta escuro, mas nao tenho medo, procuro algo, mas tenho medo do que vou encontrar, sim procuro Laiquendi, mas tenho medo de o encontrar sem vida, mas calma tenho de forte e ter esperança, nao o posso desiludir. vejo aqui uma entrada para uma gruta, e algo me faz entrar nela, vou-me aproximando, com muita causao pois sai que estas zonas sao falsas e têm buracos ate aos confins, tenho de manter a calma, mas algo esta a brilhar, nao acredito, vejo ali um ser belo.-Laiquendi, gritei eu, e quando ele olhou para mim corri em sua direçao com um sorriso no rosto,mas..... ........................................ -hannnnnn, que foi isto, estava toda suada na minha cama, que se passou. -ele estara vivo, nao acredito, disse isto de forma feliz e angustiada, tenho medo que isto nao passe de uma partida de meu cerebro, que faço agora? depois de tomar o pequeno almoço, na companhia funebre de meus pais, decidi seguir meu sonho, aquela imagem nao me era estranha, nunca la tinha ido mas algo me dizia o caminho, entao fui ate meu quarto onde arranjei uma sacola de pele camel ja comida pelo tempo e pus la agua e alguns alimentos, agarrei em umas moedas de ouro e la fui eu. -mae vou dar uma volta, preciso de espairecer a cabeça de digerir esta situaçao, disse eu com um casaco vestido que cobria tal sacola. -sim vai meu anjo precisas de tempo para ti, vai faz o teu luto, enquanto me dizia tais palavras abraçou-me com força carinhosa e quente, dando-me tambem um beijo na testa ja um pouco transpirada. -estas bem mkinha filha, estas suada mas fria. -sim estou so um pouco doente com estas situaçao, isto passa, deixa me ir. fui camninhando pelo bosque, que logo deu lugar ao deserto, nao estava habituada a tal falta de vegetaçao e sobra acolhedora, aquele calor matava-me, so bebia a minha agura, uma rocha grande e prepotente fez sombra ao meu descanço, onde sai dar conta cai no sono. caminha por vale, onde o verde é escasso, onde as sombras sao feitas de arvores ja mortas de desidrataçao, o que voa a minha volta nao sao pequenos pardais nem roxinoes, mas sim grandes morcegos que bailao naquela escoridao morbida e sombria.minha cabeça tem medo de tal caminho, mas meu coraçao diz para seguir tal trilho espenhoso e enfermo. vejo uma luz para la da montanha rochosa e quente, pois a larva la brinca enquanto espera a sua explusao. ouço sua voz, nao a chamar por mim, mas a lembrar de mim com trsiteza. -espera estou a caminho, nao tarda te abraçarei. -outro sonho que tive, estou no caminho certo, nao tarda estarei nos teus braços Laiquendi, mantei-te vivo, nem que seja para morreres comigo a teu lado, para assim podermos ficar juntos para sempte, espera-me. caminho pelo deserto ate que de longe avistei algo, algo familiar, arvores mortas, seres a dançar, encontrava-me no local do meu sonho. caminhei sem medo, apenas olhava com atençao, pois nao queria ser ataca pelos morcegos com ar faminto e sanguinario. fugia das arvores que tentavam tirar um pouco do meu ser pois estavam insaciadas de agua, via de longe o deserto novamente que feliz que estava +por saber que estava afastar de tal bosque ja moribundo, ao olhar com mais atençao avistei a tal montanha, aquele vulcao adormecido, nao via aluz, mas nao me importava, pois sabia que eram as fadas que me davam esse sinal enquanto dormia, mal comia, mal berbia, apenas queria andar para encontrar Laiquendi. de novo no deserto, mas agora sem cansaço, apenas andei e andei, ate que encontrei agua, corri a te tal oasis, mas coi cuidado, queria me certeficar que nao era agua doente, e assim ao olhar com atençao vi peixes lindos anadarem coim energia em tal lago, assim mergulhei ate la, para limpar meu corpo, assim como o refrescar, bebi daquele agua e sai para recuperra o folego. deitei-me numa sombra de arvore verdejante, onde pequenas flores lilazes conversavam com suas amigas margaridas que repousavam no prado esmeralda e fresco. e ai nesse pequeno pedaço de recordaçao pensei no meu reino e no meu amado. esta montanha é dificil de trepar, picosa mas com poucas saliencias o que dificulta muito a subida em busca de felicidade, mas ja estou perto, meu rosto ja sujo assim como minhas vestes,mas nao quero saber, apenas apanho meu cabelo fogo, para nao me ser tapada a vista, avisto uma flor, pequena e delicada, suas folhas sao frageis mas cor forte as parece porteger, suas petalas aveludadas sao uma verdadeira palete de cores, onde o azul clarose confude com o amarelo desmaiado e onde se avistam pequenos raios cristalinos. isso de-me força e assi fui eu ate ao cimo de talmontanha, ja era noite, e o sono chamava por mim, repousei meu corpo entre duas rochas para nao sentir aquele frio eminente. ............................................................. -Eldar, nao venhas, se feliz no nosso reino, vai, volta para traz.ali estava o meu amado Laiquendi na gruta escura e humida, sua voz foi se afastando assim como sua iamgem, so conseguia ver o que se encontrava a volta, vi um rio escuro, arvores ja mortas e um trilho muito estranho, era feito de pedras grandes mas lisas, nao conseuia perceber o porque, quando dei conta estava no cimo de uma montanha, e avistei o sol a morrer perante meus olhos, ouvi um som estranho e quando dei conta uma nuvem negra vinha em minha direcçao, a medida que se foi aproximando é que a imagem foi ficando mais nitida, eram corvos com olhar faminto que vinham em minha direcçao, nao tive tempo de fugir.-hannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn ................................................ -hannnnnnnnnnnnnnnnnnnnn, respiraçao ofugante e sentada, minha testa mulhada, meu coraçao aos saltos, inha sido mais um sonho, nao queria acredita, eu tinha de o encontrar, mas o medo ja estava apoderar-se do meu coraçao e assim passei o resto da madrugada, a chorar, sem saber o que fazer, queria ir em seu auxilio, ms tinha medo de o encontrar sem vida.adormeci nova mente, mas desta vez sem sonhos, apenas descansei o corpo. ao acordar vi a vista que me era dada, ali estava eu no cimo daquela montanha, ao olharmuito adiante vi que outra montanha me avistava, mas de longe, seria uma longa caminhada, olhei para baixo e avistei um trilho estranho, igual ao do meu sonho, e assim aoolhar para o sol é que o vi como nunca tinha sido visto, estava a morrer, sua luz era fraca e sofucante, sentia-me sem forças e sem vida, e foi ao fechar meus olhos que me lembrei domresto do sonho, e ouvi o tal som. -nao, nao me vao apanhar, e assim comecei descer de forma louca, e vendo a sua aproximaçao, foi quando me lembre do gancho que tinha no cabelo, tinha esmeraldas, e sabnia que os corvos vidrvam por brilhos, bechos feios e assustadores que adoravam beleza, e assim me livrei deles, ja quando se encontravam mito perto, lancei o meulindo gancho e atraz dele foi aquela nuvem esfomeada. com aquela correria nao tinha dado conta numa raiz saida e assim cai de forma groceira no chao, meu corpo foi rulando pela montanha, meus movimentos eram soltos e sem controlo, ja me doia o corpo, mas continuava a cair, ja me sentia sem vida quando parei de forma ja moribunda e assm fiquei, quanto tempo? nao sei, so sei que assim fiquei.
.........................................
-porque vejo meu corpo?terei morrido, é impossivel, nao morro, sou um elfo, nao morro, que se passa? bem nao sei, mas voucontinuar a minha busca, assim fui, em direçao a montanha para salvar o meu amor, depois tratava de meu corpo.
fui pairando pelo trilho, sem sede, nem cansada, nao sentia fome, nao sentia nada apenas amor, era a unica coisa que sentia, e la fui eu, aproximando-me do tal mundo negro e sombrio.andei durante sete dias sem parar ate que finalmente cheguei, fui subindo sem esforço, ate que avistei a entrada, fui com cuidado para nao ser apanhada e foi ai que o vi, estava meio moribundo, amarrado e machucado, aproximei-me dele gritando por seu nome, mas nao me ouvio, perguntei se estava bem mas nao me disse nada.tentei lhe tocar, efoi ai que vi e me lembrei, nao passava de uma alma, nao tinha como lhe falar nem tocar, comecei a chorar, nao queria acrediat que estava ali ao seu lado e nao podia fazer nada.
-Heldar, nao chores, eu sinto-te, vieste ate mim, mas tens de voltar para teu corpo, nao quero que morras.
ao ouvir suas palavras tentei tocar-lhe no rosto outra vez, e senti a sua pele, assim como ele tambem me sentio, pois fechou seus olhos e sorrio, nao o podia deixar ali, morrer sozinho, tinha de estar com ele, e foi quando acnteceu o inevitavel, os inemigos, os asquerosos ogres aproximaram-se e sem qual quer piadade curtaram sua cabeça mesmo amnha frente, mas nao tive medo, simplesmente fechei meus olhos e virem-me para o outro lado, e ao voltar abrir meus olhos encontreio, a sorrir a minha frente, a olhar nos meus olhos, abracei-o com muita força, pois finalmente ele via-me, beijamo-nos com muito amor e suadade, e assim saimos daquele sitio para sempre, fomos ate a outra montanha, onde se encontrava meu corpo, ao queria voltar para ele, mas..........
-tens de voltar para o teu corpo, ainda naoesta na tua hora meu amor, quando chegar eu estarei a tua espera, mas ate la nao podes, tens de viver pelos dois.
-nao sei antes fazer algo que sempre quis mas nunca me foi permitido, e assim fui-meaproximando,beijando sua boca, depois seus pescosso, começar a despir sua camisa, e continuar a beijar seu corpo, enquanto isso eleia-me agarrando na cintura com força, subindo minhas vestes, quando sentia a briza o meu corpo ele detou-me, enqunto beijava meu corpo, ia-lhe mexendo no cabelo, enquanto sentia todo aquele prazer, e asim foi, fizemos amor na floresta, ao lado do meu corpo, ali estavmos duas almas qe estam preste a separar-se.
-amo-te, e vou ficar a tua espera, mas sem pressas, demora uma eternidade sim, e beijou-me pela ultima vedz, enquanto carregava minha alma, e delicadamente pousoa sobre o meu corpo frio. quando voltei abrir meus olhos ja naoo via, apenas sentia, ouvi uns sons, eram a uarda que vinha em meu auxilio.levaram-me enquanto que outros foram em busca do corpo de Laiquendi.
quando voltei acordar ja estava novamente no meu quarto, minha mae e Maria estavam a espera que acordasse, sorriam de forma estranha.
Maria que se passa estas a esconder algo? enquanto dizia isso ela foi-se aproximando de mim, sorrindo e chorando.
-estas gravida Heldar, estas gravida. disse-me Maria enquanto me abraçava, eu chorava de alegria, pois tinha dentro de mim o Laiquendi, a prova do nosso amor era aquele pequeno ser dentro de mim, que mesmo em forma de almas conseguimos gerar um filho. e assim Laiqunedi teria de esperar muito tempo por mim, mas nao importava pois assim ambos estariamos felizes, ao ver o nosso pequeno rebento nascer.
-chegou a hora do Laiquedi, e assim me despedi, seu corpo mandado ao mar. o nosso pequeno acenava para o barco que partia, demorou um ano para recoperar seu corpo, mas nao importava pois agora sim poderia descansar, o Vanyar, nao conheceu seu pai, mas ai saber toda a sua hsitoria assim como o nosso amor, e assim fui, virei costas ao mar e por segundo vi o seu rosto e senti seu beijo.

Friday, November 9, 2007

SAUDADES


preciso do meu silencio, das minhas musicas e recordaçoes, as de uma infacia, quando meu pai me levou ao Mc perto do Saldanha, de quando a minha mae me limpava depois do banho, dos beijos de boa noite sempre recebidos, assim como os de bons dias, de me esconder perto do frigorifico quando minha tia me procurava de gatas, de brincar aos pais e as maes com o meu primo, de me pintar as escondidas da minha mae. recordaçoes de uma jovem menina que brincava na relva com os seus amigos, que rebolava nos montes ou tentava fugir das regas. os passeios pela expo sem nada programado.recordaçoes de me deitar cansada de um dia de trabalho que me agradava e esgotava as energias. saudades de conversas tardias no quarto, de passeios por belem enidas loucas ate aos pasteis. recordar os amores de criança, que nunca magoam, apenas felizes porque ele nos olhou saudades das tardes na escola onde so me ria e brincava, saudades de passear com meu avo pelo terreno, ver o por de sol ao seu lado, ali pequena sem saber que existia futuro, quando apenas se vive o presente.
adorava ficar no corredor ver a luz do sol quando se ponha, pois por momentos meu quarto era de ouro, meus bonecos ganhavam vida, e eu ali sem querer estragar aquele encanto, olhava para a luz e imaginava.
o meu lugar na sala nao era no sofa, mas sim entre os dois, para poder estar perto de meus pais, tantas marcas que tinha de cigarros por causa disso, mas nao me importava, pois queria estar perto dos dois. andava sempre de mao dada com o meu peluche a espreitar pelo casaco, pois queria que ele tambem visse a rua, pois na altura era magica e grandiosa.
como era gigante a minha pequena escola, o seu corredor parecia nao ter fim, mas chegava aos cabides, tinha de me por em bicos de pe como meus amigos, como brincavamos a cantar e a panhada, como eram lindas as nossas gargalhadas.
recordo de como era boa em contas de dividir, assim como a jogar a bola, onde marcava golos de meio campo ou mandava a bola ate ao parque do centro portela. como nos rimos e corremos para apanhar a bola, que historia gira para contar em casa enquanto jantava aquela coisa boa que a minha fazia. como era bom me deitar e conseguir dormir, sem medo do amanha, pois mesmo que tivesse um teste sabia que podia correr mal, mas dai so sairia um castigo.
a infancia passa e com ela a alegria genuina e nao programada, agora se me quero divertir tenho de combinar, e noite a que beber um pouco para o conseguir, antes de dormir tenho de pensar no amanha, que nem sempre é bom, tenho de pensar em agradar apenas tenho de pensar.
estou farta de pensar, ja nao quero mais isso, apenas queria poder voltar a criança, onde brincava no baloiço e so queria comer gomas, brincar na terra e comer um calopo, andar de bicicleta nas estradas velhas e escuras, esconder a cara pintada de minha mae, chorar por ter cortado a franja de lado. comer uma duvia de laranjas a noite so no espaço de meu pai ir buscar minha mae, de ter de ir boscar acadeira sempre que tocam a porta, para saber quem é. chegar a casa de meus avos com os pes cheios de terra, ter medo de estar em casa sozinha pois nossa senhora anda pela casa, brincar a merciaria sozinha. lavar roupa no tanque e ir para a igreja chatiada, mas saido sempre de la mais leve. quero poder comer um bolo de chocolate inteiro e depois ter minha mae a fazer festinhas na barriga pois doi muito, quero ouvir historias inventadas pelo meu pai enquanto so vejo a luz do cigarro aceso.
queria mas nao posso, cresci, devia fazer como o peter pan, mas nao fiz, e arrependo-me, queria ter sido sempre criança, pois mesmo nao tendo sido sempre feliuz, fui muito mais que algum dia serei, nao adiante me dizer que nao, pois ja nao vejo o mundo com esses olhos de inocência e genuidade.
agora so quero uma coisa ver o mundo com outros olhos, mas nao os de inocencia de criança.........

Wednesday, November 7, 2007



desculpa, fiquei sem forças para lutar, mas agora é tarde de mais

Tuesday, November 6, 2007

Nao existe


o mundo em que eu vivia nao existe, nao passa de uma fantasia de criança que nao desapareceu, sempre quis ver o mundo com outros olhos, amor eterno e verdadeiro, que apesar de bruxas e dragoes vence sempre. oficio de sonho nao existe, reconhecimento verdadeiro, nada disto existe, nao passava de alucinaçao minha, acordei, sim acordei, mas nao gostei do que vi.
amor, so existe a palavra, o sentimento nao. do que adiante fazer tudo, prenda especiais, surpresas carinhosas, lutas por uma pessoa. se é tudo falso, falso foi aquele olhar de amor, aquele abraço quente, aquelas palavras de conforto. lutei por algo mas nao ganhei, quem ganhou foi alguem que nao teve de lutar, de chorar e discutir, simplesmente ficou com aquilo por que lutei com tanta força e garra.
pessoas que nao gostam do que fazem, nao era naquilo que queriam tem sucesso, enquanto que eu, era o meu sonho e sei que era igualmente boa fiquei sem tal coisa.
é assim a vida, o que queremos e lutamos nao fica connosco, mas sim para quem tem sorte na vida, que têm uns olhos bonitos, e as palavras certas.
palavras certas nao tenho, o que tenho é o que sinto e de nada me adianta.
nao acredito no amor, isso foi-me tirado, o sonhos de uma vida futura ja nao tenho, pois esses sonhos foram-me roubados. tenho um nó na garganta, so quero gritar e partir o mundo, eu lutei para nada, de que adianta lutar se nem uma batalha se ganha quanto mais a luta.
qual é o meu destino, sofrer? porque raio minha mae me pariu? para nao ser desejada, sim se nem meu pai me deseja quanto mais o resto de mundo, se por nao saber ler em pequena vi pernas de cadeiras a voar em minha volta, se nem professoras que sao pagas para ensinar sabem ver que algo de errado se passa comigo. era mais facil dizer que era preguiçosa, apesar de me esforçar, nao conseguiam ver que isso era uma contradição?
fazer historias com trocadilhos que por muito que explicasse nao me davam a razao, pois elas é que eram as professoras e nao iam dar razao a uma criança.
rapazes que gostava nao me queriam, mas queriam que assim fosse, que a menina gostasse deles para sempre.
meu pai me xingava por causa de meu peso, dizia que ia ser uma mal-feitona, que so ia atrair merda e pulhas na minha vida. pois bem meti os dedos a boca e assim fui perdendo peso, pois nao queria uma vida assim, mas de nada servio, pois é assim que minha vida é, loucos que me entrao na vida e nao me largam, pessoas queridas que nao quero, pois so quero quem nao me quer.
dei abrigo e o que recebi em troca?lacunas e maldade,quem eu ajudo prefere falar mal de mim, dizer mentiras, roubar-me mentir-me e tentar por todos contra mim, poruqe? nao sei, eu so lhe dei abrigo e um ombro para chorar.
vi meu avo bom e carinhoso apanhado por uma doença ruim, em que dois meses depois de ter partido(sem me poder despedir) veio uma semi cura que lhe teria dado uma vida melhor, nao é justo ela nao merecia isso, acreditem nao merecia.
meu primeiro contacto com a morte foi uma amiga de 12anos, que queria comprar uma casa e viver com suas amigas, ela era pequena assim como nos, nao sabiamos a gravidade, logo nao a apoiamos como devido, e assim ela se foi saber o quanto gostamos dela. era uma criança queria apenas brincar e estudar.
jovem que conduzem sem precaussao que sao uns autenticos animais na estrada, nao morrem mas matam, mas ali estao vivos, prontos para esquecer o "incidente" e outros como o meu primo que sua vida foi roubada sem qual quer sentido, apenas trabalhava, nao é justo, ele tinha sonhos por viver, tinha uma pessoa que o amavam assim como ele as amava, assim se foi o meu primo, uma parte importante da minha infacia, o meu primo, o meu primeiro namorado, o meu amigo.
minha avo, que so queria morrer pois ja estava farta de uma vida engrata teve de sofrer ainda mais antes de poder partir em descanso.
porque a vida é injusta? porque?
se eu nao queria amar porque me fui apaixonar? se nao posso ter quem amo, porque me mentiu, porque me disse aquelas palavras falsas, porque me agarrou quando ia sair do carro e me abraçou e disse que me amava? porque me mentiu, que me queria que so se via comigo, que iamos ficar juntos para sempre e ter filhos? porque me mentiu, porque me deixou, porque disse o que nao queria dizer? porque me enganou, me pisou e magoou?
porque nao o consigo esquecer? ja nao o vejo a tanto tempo mas mesmo assim sinto a sua falta e preciso do seu abraço, mesmo depois das suas mentiras ainda preciso dele, mas nao tenho meio.
apenas quero que o mundo me esqueça, quero me perder neste mar de gente, quero que me esqueçam e me larguem, e quem me quer destruir que o faça de uma vez que me roube a alma, que me leve para o inferno, nao quero saber, apenas quero ser totalmente esquecida.

Saturday, November 3, 2007

lagrimas de dor

ali estava eu, pronta para morrer, mas os que me rodeavam não estavam prontos para a minha partida, então devido a sua inveja fui-me mantendo viva, comendo e bebendo, alimentar meu corpo moribundo e livre de alma.
só queria poder deixar meu corpo cansado descansar, apenas queria morrer.
o meu amor ja me tinha esquecido, ja era feliz outra vez, meus amigos ja tinham um rumo traçado, minha familia tinha problemas demais para pensarem nos meus problemas, na minha falta de existência, na minha falta de amor e falta de realização.
todas as noites ao deitar meus olhos choram, meu corpo se torce, por vezes em silencio, para nao acordar ninguem, pois nao quero falar desta dor, apenas a quero chorar, e assim morrer em silencio.
passou um dia, ainda estou viva, atendo o telefone, um cafe ficou combinado com a minha melhor amiga, vamos falar de coisas importantes, e eu de projectos, que sei que nao vou realizar, pois ja estarei morta.
falo do meu dia enquanto janto, metendo alegria nas palavras e nos meus gestos ja conhecidos, mas no fundo é tudo fantasiado, nao para mim mas para quem me ouve, pois nao quero que se note a minha partida.
tomo banho, arranjo o cabelo, escolho bem minha roupa, pois nao sei quando morrer e quero que minha roupa eterna seja apresentável, pois quando morrer vou ser feliz, e para o ser preciso de um bonito par de sapatos e cabelo cuidado.
mostro interesse por roupa da nova colecção, por viagens que nao seram feitas, e datas que nao seram passados comigo por perto. peço desculpa, mas ja nao estarei.
atravesso a estrada a ver se um carro se aproxima, e assim me leva para sempre, quando conduzo controlo a velocidade de outros, para saber se serei desencarcerada ja sem vida. mas nada me vem buscar, nem um viaduto que cai, por cima ou sub mim.
nao quero companhia, apenas o silencio, nao quero musicas alegres ou de amor, apenas musicas tristes, que me acompanham e entendem minha dor.
porque ainda se vive, sem amor, sem planos, sem desejos, apenas se ocupa espaço neste mundo cheio de sonhos e amor. nao é lugar para mim.
limpo minhas lagrimas e vou vivendo por enquanto, rastejando este corpo ja moribundo.
uma semana que passou, meu coraçao esta mais morto, o apetite começa a acabar, e a sede vai atraz, meu rosto ja palido vai deixando transparecer algo.
-que tens? perguntam-me as pessoas
-nada, estou engripada, a minha falsa resposta, pois nao quero que alguem pense em ajudar, pois nao ha ajuda possivel, apenas quero partir, ver quem ja foi, abraçar as pessoas que nao se despediram de mim.
passou um mes, olho-me ao espelho, limpo as lagrimas e maquilho-me, olhar vincado mas calmo, bochechas rosadas e grena nos labios, visto meu vestido branco de linho, estico meu cabelo castanho e meto suas pontas onduladas, um gancho nao deixa minha franja tapar meus olhos rosados, com pontos luz muito bem esquematizados.
minhas contas ja estao pagas, meu quarto arrumado, cartas de despedida ja feitas assinadas e em envelopes com o respectivo destino.
levantei todas as semanas dinheiro, para meus pais nao gastarei dinheiro com o funeral.
deixei tudo explicito, como quero que seja o meu ultimo contacto com o sol, ja vestida, pintada e arranjada. espero que tenham cuidado ao tirar meu vestido pois é com este que quero ser enterrada.
vao-me abrir, espero que meu vestido nao fique manchado com sangue.
telefono uma ultima vez ao meu eterno amor, combino um cafe, onde direi que o amo, mas vou partir, que vou para longe, dar uma volta a minha vida. entrego-lhe o nosso diario, pois quero que ele saiba o quanto o amo, mas ele tem de ser feliz assim como eu, e assim me despeço digo que vou viajar.
despedimo-nos com um doce beijo, o meu ultimo beijo.
janto com meus pais, de forma alegre, risos e palavras alegres, despeço-me, digo que estou cansada, um beijo no rosto de cada um, mando mensagem a amigos, desejando uma boa noite de sono, pois deu-me a saudade, ligo a minha melhor amiga e falo sobre seu namorado, sobre a revista que estamos a ver e despeço-me com um ate amanha.
deito-me na minha cama, olho para as estrelas da rua, nunca as vi brilhar tanto, vejo uma estrela cadente, e faço um desejo, quero morrer agora, a fecho meus olhos.