Thursday, February 7, 2008

a nossa vida resume-se a recordações, coisas que vivemos mas que nunca mais viveremos, temos cartas de amor, recebidas e por enviar, bonecos trocados, bilhetes de cusquices com a colega do lado, temos o nosso diario. temos os quadros pintados, a caixinha de musica dada pela mae, temos isso, mas so isso. o que somos nos' um simples po neste mundo que apenas deixou rasto, mas basta uma rachada de vento para o rasto desaparecer. nao sei, so sei que tenho memorias, lembranças de algo que nao quis viver, algo que infelizmente vivi, e recordaçoes de um sonho que nao se realizou.
nao estou triste, estou feliz por sinal, pois estou viva e tenho um mundo cheio de recordaçoes para serem feitas, mas, la esta, o maldito mas.
o que fazer com as recordaçoes? ainda nao esta na hora de me rir de todas, ha umas muito frescas ainda, deita-las fora?..... nao, nao posso fazer isso pois mais tarde vou precisar de rir, e com essas recordaçoes é que vou conseguir faze-lo.
nao sei porque li aquela carta, nao sei porque fiquei assim, mas sei que agora vou ver palavras mentirosas, mas preciso de as ver, limpar a alma, será, ou será atormenta la mais? nao sei, nao sei., so sei que tenho de o fazer. recordaçoes, sao para que? lembrar algo bom que ja nao vivemos, ou simplesmente mostrar o quanto sofremos outrora? choques, choques electricos por favor, sei que deve ser mau esquecer o passado, mas nao me vou lembrar de qualquer maneira, e ai posso fingir que foi tudo como queria.choques electricos.

LA VIDA É BELLA


um dia disseram-me: barbara tens de acordar, vives num mundo que nao existe. eu fiquei triste, nao queria sair do meu mundo, pois nele eu era feliz, todos eram felizes, e nao queria ser triste, nao queria dias cinzentos onde as pessoas passam por nos com chapeus de chuvas pretos e olhares carregados, nao quero, nao gosto disso, deixa-me triste, entao fechava-m no meu mundo, mas um dia percebi, percebi nao vivo num mundo assim, que afinal existe magia aqui neste pedaço de terra, nao acreditam? entao façam o que lhes digo e vejam. ao sair de casa num dia nublado vistao uma cor alegre, verde, vermelho ou amarelo, quem sabe laranja, nao sei, sorriam e caminhem, olhem em volta.................... o que veem? uma criança a brincar aos piratas, enquanto a avó faz tricô? as vizinhas a estender a roupa branca, o senhor velhinho a ler o jornal? vejam a alegria nessas caras, se nao estao alegres estao a ter algum sentimento, tentei adivinha-lo, e quando passarem por eles sorriam, vao ter outro de troca, vao ate ao cafe, peçam um cafe a manina de avental rosa e agitada, ouçam o barulho da maquina de cafe, o sintilar da colher a bater no pires o barulho da chavena a ser afogada pelo cafe, inspirem o seu cheiro, batao o pacote de açucar ao ouvido e ouçam o seu tilintar, mergulhem-no no cafe, e brinquem com a colher. estao numa explanada? vistao o vosso casaco de malha e aconcheguem a barriga com os braços, vejam a flor pequena que tenta crescer ali naquele canto. ouçam os gritos de alegria das crianças quando brincam as aventuras, vejam as caras e sorriam. no meio do nublado vem um raio de sol, vao ate ele, e ali fiquem de olhos fechados e sintam o seu calor, cheirem o seu cheiro, saboreiem o seu sabor, sintao a vossa pele aquecer, o vosso corpo absorve toda aquela energia, sorriam de braços abertos, façam com que as pessoas triste sorriam e tenham algo para contar. começa a chover e tudo corre e abre o seu chapeu preto, se diferente, abre o teu chapeu amarelo e assim caminha de forma alegre e sente a terra a ser lavada, as alma limpas e sorri, espera pelo proximo raio de sol e assim voltaras aquecer o teu corpo e ouvir as crianças correr, as velhinhas a falar, e as vizinhas a estender aroupa, mas ate la..............................................ate la pede um cafe e ouve a maquina de cafe. tenta ser o chapeu amarelo no meio do cinzento