Monday, September 3, 2007


perdida, no vale encantado, onde apenas tenho a saudade como amiga, espero um reencontro, nao agora mas tardio, nao sei o que pensar, nem o que posso ter, pelo menos agora, nao posso nao quero.

preciso de saber que me amas, e que me queres, e que lutaras por mim, assim como sempre lutei por ti.

minhas asas por momentos tiveram presas, era incapaz de voar, mas agora lentamente vou batendo minhas asas, nao por nao te ter, mas sim porque te quero, mas nao agora.

tantas arvores que me aconhem, deixando meu corpo fresco, enquanto o sol queima os outros seres.

a agua hidrata meu corpo, enquanto outros morrem de sede. as borboletas dançam em meu redor, deixando-me alegre, enquanto os outros seres vivem fechados na sua mente.

abre tuas asas, e dança comigo, sente a briza por baixo destas arvores plantadas pelo tempo, bebe esta agua que por muito ja passou e tem muito para nos ensinar. descansa tua cabeça, vive o momento e esquece o teu futuro, pensa no teu presente de como prazeroso pode ser.

esquece os outros seres, que apenas querem sugar a nossa alegria, que querem a nossa vida e em troca dar a sua dor, dor de nao amar, de nao saberem o que é beijar com paixao, de desejar alguem com intencidade, nem saberem ler os olhos.

como te conheço, como sei o que queres dizer quando mordes teu labio inferior, mordiscar teu indicor, enrular tua lingua para cima, ou simplesmente olhares para o horizonte.

sei o que me dizes sem abrires tua boca, sei o que queres quando te deitas a meu colo, assim como buliscas minha bocheicha.

vem, parte comigo para este mundo de fantasia, esquece os seres maus, que te querem por para baixo. nao me importo de nao te ter, de nao poder voar contigo, mas apenas quero que voes, e vejas como é belo o mundo visto daqui. sorri com felicidade, vive com intensidade, pois apenas podemos voar uma vez, faz com esse vouo dure uma internidade, de longe estarei para te ver.

beijos meu anjo, esta fada sofre porque nao te pode ter, ambos com asas e destinos tao diferentes, eu serva da natureza, que apenas aqui estou para trar dela e viver nela, tu, anjo dos humanos, que serves para acompanhar o homem e nao os seres ocultos. vejo-te, e tu ves-me?

4 comments:

Thiago said...

Não sei o que dizer por cada ve que aqui venho ver estes textos.

São simplesmente belos, poeticos, inspiradores e romanticos.

Tu também tens um mundo como o meu. Voa alto e olha bem para ele, toca num vôo rasante a agua do mar e deita-te sobre as flores de um vale.

Só aqueles que sonham são verdadeiramente vivos e só aqueles que imaginam conseguem vencer o dia-a-dia.

Nós precisamos desta fantasia, caso contrario a nossa cabeça torna-se um vazio.

Vanessa Lourenço said...

A tua dor intensifica-se. Tenho meo que caias de uma falésia e te prendas num buraco escuro onde só entram borbuletas e morcegos. A vida não existe (só) no escuro. Voa, sozinha talvez, mas voa. Não te prives das asas que só tu tens.*

Anonymous said...

Parece que o conto de fadas continua mesmo com o Verão...

Espero ver mais pequenos contos que nos fazem recuar no tempo..

*

João Morgado said...

Porque é que o teu final é parecido com o final de um texto meu de há uns dias?? Plagiadora..

Esse texto soa-me a algum deja vú, a um passado recente que talvez não seja assim tão passado.

Ou então é mesmo o sono a falar mais alto, mil desculpas*