Friday, November 8, 2013

No elevador me elevas aos céus!!!

Olhava-te com desejo, de forma sumida e dissimulada. Não queria que soubessem do meu ardente desejo por ti.
Mordia a caneta, ups, parti a mesma com distracção. Magoei meu lábio, perde sangue, lambo o mesmo enquanto me perco nos teus movimentos, nos teus ensinamentos, explicações ou puros devaneios.
Folho o livro e perco-me nas tuas palavras em vês nos dizeres confusos de manuais e doutrinas.
Passaram 50 minutos, passou o devaneio do meu pensamento, acaba a conversa silenciosa entre meu corpo com o teu.
Pego na minha mala, levanto-me, ajeito o justo e apertado vestido de decote quadrado que apenas deixa espreitar o meu busto agora tão empinado de forma incontrolável, apenas reflecte o meu desapoquento.
Sou chamada, chamada por quem nunca pensei.
 - Peço desculpa por não ter respondido ao seu email, mas se me deixar explicar agora. 
- Sim claro, com todo o gosto e agradeço.
Não enviei nenhum email, podia ter corrigido o pequeno lapso, mas não me apeteceu, seria de mau tom o fazer em frente de todas aquelas pessoas.
O meu vestido preto acetinado logo se tornou mais imperial, meus sapatos de verniz, de sola grena, logo se tornaram mais altos, meu rabo mais roliço e empinado, meus busto firme e saliente, minha cintura vesperiana dançava enquanto caminhava, alias, deslizava, serpenteava, meu olhar era felino, minhas mãos dançavam.
Toda eu expunha a minha enorme vontade.
As palavras não foram muito trocadas, mas os olhares diziam tudo, frenéticos diziam a vontade que tinha de lhe arrancar a gravata, de puxar sua camisa sacando todos os botões.
Suas mãos queriam puxar o fecho prateado que segurava aquele estreito pedaço de tecido.  
Caminhei a seu lado, com postura, com ar determinado, quando em mim emanava um enorme medo e nervosismo, sentia-me histérica, mas olhava de lado com um pequeno e discreto sorriso.
Entrei no seu carro e sem falar deixei-me levar, queria saber no que ia dar, por momentos pensei: e se ele me quer matar? que me foda primeiro!
E se ele me quer bater? que o faça com jeito para não deixar muita marca!
E se ele me largar na mata? que despeje o corpo completamente possuído e usado, coberto com o seu sémen!
Se ele for daqueles que amarra? que também diga palavrões!
Moral da história, o que eu realmente queria era ser comida por aquele senhor tão bem parecido e intelectualmente avantajado.
Consegui ver na sua expressão que também ele se encontrava agitado. Talvez pensasse o mesmo. Ri-me, gargalhada estridente, cai meu corpo para a frente da piada de meu pensamento.
- Porque te ris?
- Por nada, só estava  a imaginar.
- O quê? 
- Que talvez penses o mesmo que eu neste momento.
- o quê? que te quero comer como se não houvesse amanha?!
- Sim também, mas recordo que nem um beijo foi dado, logo pode suscitar a desilusão deste fugaz encontro.
- Duvido, tuas ancas não mentem, tua boca não emite lacunas. teu olhar não é enganador.
Parámos o carro, o cavalheiro saiu, deu a volta e abriu a porta para eu poder sair, deu-me sua mão para me amparar e logo ai encostou-me  a seu corpo e senti o sabor dos seus lábios. foi um simples tocar, mas tão intenso, que me cortou a respiração. com elegância me tocou, minha cintura era apertada, meu pescoço seguro e amparado, seu corpo mantinha firme minhas pernas tremulas.
De mãos dadas seguimos para o prédio, esperávamos o elevador, uma senhora, a vizinha do 2º Esq, tinha acabado de passear seu cachorro devidamente seguro. Entramos no elevador, acompanhados pela nobre senhora, sentia meu rabo ser apalpado, alias senti uma palmada, que logo disfarcei o salto com uma tosse.
já estávamos no 2º andar, a porta abriu, a sra saiu, a porta fechou e os corpos logo ficaram loucos. encostei-o a parede e logo comecei com a minha brincadeira atrás pensada. carreguei no stop, desliguei a sirene, tirei-lhe o casaco, arranquei a sua gravata enquanto meus lábios... não, meus lábios não  beijavam, isso seria demasiado óbvio, ele apenas sentia a minha respiração sobre a sua pele. sentia o meu tacto sobre o seu corpo, as minhas unhas a cravarem sua carne. 
Quis sentir a sua força, vis, potência, poder prever o meu futuro orgasmico. meu corpo dança sobre o seu, balançava, brincava à medida que a sua paciência se ia esgotando. Só pensava no custo beneficio de tal acto insano, só pensava no quanto me ia saber bem, no quanto já me estava agradar.
- Acho melhor ficarmos por aqui. é perigoso e já sei que o mais certo é gostar.
Desactivei o stop, concertei o vestido, passei as mãos pelo meus cabelo voltada para a porta, ignorando o meu companheiro de elevador.
Mas o stop logo foi activado. Meu corpo agarrado, sentia os seus dentes sobre o meu despido pescoço. Sentia os meus seios apertados, minha anca mexida, minha intimidade usada. O vestido logo se desapertou, meu tronco se encontrava exposto, meu umbigo, minha anca, minhas costelas, minhas... sim minhas mamas encontravam-se expostas, mas não livres, seus dedos se divertiam acariciando meus mamilos hirtos, passou sua mãos pela minha boca, para sentir o quente da mesma e amolecer mais suas mãos. Logo se decidiu por zonas baixas e assim sentir outros calores, outros fervores. Estava completamente molhada, não tinha como controlar a excitação. ele esboçou um sorriso matreiro ao confirmar o grau do meu estado, ao confirmar a minha febre, logo me encostou contra a parede, outrora minha aliada, senti o frio do metal sobre meu busto, sua mão agarrava meu pescoço,rapidamente decidiu puxar meus cabelos com força, para assim poder sugar um pouco mais do meu sangue. Puxou minha traseira para ele, e assim senti todo o material que logo logo me penetraria, puxou minha tanga para baixo, quase rasgando, desapertou suas calças, e ai sim, senti o seu toque, a sua macieza e dureza sobre a minha pele. consegui tocar e assim massajar um pouco mais, ele não me podia comer assim, já, tão cedo. queria mais, mais jogo, queria mais brincadeira.
- Espera! deixa-me provar.
Meu olhar era hipnotizaste, profundo e sem alma, alma predadora, alma perdida e sedente de poder. Beijou-me com intensidade, sentia sua língua, sentia seus lábios fortes e macios. tocávamo-nos mutuamente, não conseguíamos largar o corpo do outro. Queria-me fundir, queria me perder naquele pecado, tão doce e salgado pecado. Seu corpo transpirava, emanava desejo, tesão, cheiro a sexo.
Alguém fala do outro lado. alguém vem para nos auxiliar.
- Porquê mundo cruel, porque não nos deixas desfrutar deste pecaminoso momento, porque não  podemos nós fundir nossos corpos!?!
Apreçamo-nos a vestir e arranjar.
As portas se abrem e finjo sofrer de fobias e afins.
Chego ao seu apartamento e admiro o seu espaço, vejo livros, revistas cientificas, objectos estranhos e sudoku.
Casa com cheiro de homem, pouca mobília, cortinas brancas, almofadas, mas poucas, sofá em couro, tapete escuro, mesa de vidro, quatro cadeiras, com livros e mais livros, kitchenette limpa por falta de uso. Casa de banho simples, sem cremes, toalha sobre a barra, tampo de sanita levantado. Quarto amplo, cama longa de nogueira estilo moderno simples, poltrona no canto, cómoda longa sem grandes acessórios, closet simples e de portas escancaradas. 
Estava admirar o seu espaço, por momentos, apesar de sequiosa de sexo queria conhecer mais o seu espaço, saber algo de si, ver seus DVDs, ver suas músicas.
Mas paulatinamente desloquei-me para sua cama, despi o vestido, caiu sobre os meus pés, deixando assim todo o meu corpo exposto a si e à sua vontade, aproximou-se como se de um cão vadio se tratasse, começou a medo, mas mal lhe veio o cheiro a comida virou bicho. Mordia-me, agarrava-me com força, não percebia se o afastava ou se o agarrava, se o afugentava ou puxava. perdeu-se em beijos pelo meu corpo, sentia-me arrepiada, suas mãos apesar de bruscas não me magoavam, ao invés, provocava-me arrepios. seus beijos tornaram-se cada vez mais baixos, mais centrais. minhas pernas se afastaram e logo me contorci, logo me exprimi de forma iletrada, sem idioma, sem fala, apenas sons ocos, sem sentido e sem verbo.
tornava-se inseparável tal prazer, angustiante. Pedia que parasse enquanto mordia um punhado de tecido, meus ritmos não tinham ritmo, meu corpo estava possuído. 
Logo quando subiu beijei-o de forma tão louca, tão animal que não a posso descrever, é me impossível exprimir a energia que percorria meu corpo, a vontade que me dominava, o não pensamento, o irracional acabara de se apoderar de mim, do meu fraco e vil corpo.
 pus-me sobre ele, despi-lhe o resto da camisa já rasgada, arranquei suas calças, mordia seu corpo lentamente, deixava-o saber onde estava minha língua e no que esta tocava.
Retirei o tecido que me impedia de ver o que mais ansiava, como estava hirto, como estava firme e pronto para ser apreciado. Brinquei um pouco, adoro desespero, adoro que me implorem: - Põe o na boca. 
Diverti-me, gozei, adoro ludismo. mas estava na hora, estava na hora de ser usada com toda a força e de forma macabra. Estava pronta para sofrer todas as consequências sobre o meu dolo.
Sentei-me sobre si, olhei-o com ar de safada e mais uma vez de forma vagarosa, desesperante para ele, penetrei-o bem fundo. 
A loucura instalou-se, a memoria apagada, os flash não são suficientes para recordar o momento, as dores do corpo algum sinal, as nódoas negras um presságio já vivido. a cama desfeita uma suspeita.
Senti o sol a bater no meu rosto, sentia-me nua mas quente, sentia um corpo sob o meu, olhei e lá estava ele, agora com postura de senhor, de doutor. Voltei a fechar os olhos e recuperei a energia de horas antes gasta.




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