Saturday, June 23, 2007

reencontrei-te


ali estava eu, perdida no mato, no meio do nada, onde apenas conseguia ver a lua e onde so podia ouvir o som do vento a bater nas folhas secas e frias. toda eu tremia, nao de frio mas de angustia, sentia-me perdida e sozinha. nao tinha ninguem, mas tambem............... quem tinha eu para chamar? nao tinha ninguem, pois era solitaria a minha vida, todos me olhavam com pena depois do tragico acidente, onde tinha perdido tudo, o meu amor, o meu lindo amor tinha morrido e assim fiquei eu, sozinha no mundo, sem ninguem com quem falar, sem ninguem para me abraçar, ou mesmo para me amar, daquela forma animal e magica em que me sentia agarrada, mas satisfeita, onde sentia o seu calor no meu corpo, sentia a sua respeiraçao ofogante no meu pescoço, sentia a sua boca no meu ouvido e as suas maos no meu corpo.
mas agora estava sozinha, sem sentimentos, sem o meu homem, apenas tinha comigo a saudosa lembrança.
enquanto andava perdida no mato, ia vendo o brilho da lua e assim seguindo um caminho, estranho, torto nao pisado pelo homem, mas sentia-me segura e protegida, como se tivesse alguem a olhar por mim.
fui andando e andando, sentido uma sensaçao de bem estar que ja nao sentia a muito tempo. a chuva foi caindo assim como as minhas lagrimas, lagrimas que nao entendia, nao sabia o seu significado, por cada lagrima que me escorria ia-me sentindo mais perto do meu amor, entao elas foram aumentando, assim como os soluços e os gemidos.
tive necessidade de parar e me ajoalhar, pois o choro era tanto que ja estava a ficar sem forças para andar, foi quando desviei o meu olhar da lua e vi a minha frente um lobo, que me olhava com muita intencidade, mas nao tive medo, apenas fiquei a olhar apara ele com muita tornura, a medida que ele se aproximava o meu corpo foi ficando mais quente, como quando era agarrada pela minha paixao.
quando dei conta o lobo ja estava a minha frente, bem junto a mim, mas sempre a olhara para mim, e com uma lagrima a escorrer o seu focinho, foi quando lhe toquei, e senti vontade de sorrir, o lobo olhou para mim e eu vi o olhar do meu falecido, senti a sua respiraçao sobre o meu pescoço, senti a sua boca no meu ouvido e o seu toque no meu corpo, entao foi ai, que por momentos a olhar para ele reencontrei a minha vida, a minha paixao o meu amor eterno. ele tinha voltado para mim, sobre outra forma, mas com os mesmos sentidos. agarreio com tanta força mas com tanta que parecia que ele se ia desfazer nos meus braços, mas nao conseguia controlar, as saudades eram muitas assim como o amor.
agora sinto-me feliz, pois tenho o meu companheiro aqui ao meu lado, a proteger-me e a consular-me, com ele riu-me e vivo uma vida tranquila, mas por vezes ainda choro, ao som dos seus uivos, pois ja nao nos podemos fundir como antes, agora é so a nossa mente e nunca mais os nossos corpos......

2 comments:

Vanessa Lourenço said...

Esta, masi uma vez, muito bom linda! Tens tanto jeito para os contos, principalmente aqueles que envolvem magia, mas só assim poderia ser, já que tu és mágica, só quem não te conhece não sente passar uma fada por eles***

Bárbara V Brito said...

meu anjos, como fico contente por essas palavras, nao por terem sido ditas mas sim por terem sido sentidas, es o meu anjo minha linda