Para muitos isto não passa de um numero, para outros um grau, uns com um pouco de mais conhecimento uma norma, numa tarefa uma simples diligência.
Mas para mim é muito mais do que isso. é o que não faço, o que não consigo, é o que por vezes queria fazer, mas não posso, meu corpo não deixa, minha cabeça não descansa, minhas entranhas mexem-se que nem loucas.
Não consigo, não posso, não me está no ADN.
Mas o meu ADN é tão complexo, tão cheio de contrariedades, tenho a preguiça, o sonho, a vis, a desculpa, a vontade, a criatividade, a limitação, o medo, o perfeccionismo.
De que sou feita afinal? Sou Vicente ou sou Brito? por vezes sinto-me uma simples Bárbara.
Custa-me definir a minha matéria, a minha essência, a minha naturalidade e até mesmo a minha doutrina.
Falta-lhe um namorado! Foi me dito hoje, por pessoa com excelentes conhecimentos, e pelo que me parece por uma sensibilidade máxima. Meu pai pergunta a minha mãe: ela é feliz?
Pois bem meus senhores, não vos sei responder. Não sei o que vos diga, se nem eu sei o que se passa.
Apenas sei que não posso desistir, não se enquadra com a minha natureza, posso saber que vou perder, que vou cair, que me vou lixar. Mas não consigo, o nervoso miudinho apodera-se de mim. Não me deixa pensar.
Beber muitos cafés faz mal, não faz mal, bebo 4, já nem isso me mantêm acordada.
Dormir 4 horas não convêm, há quem diga que não faz mal, e se quero que me esforce.
Preciso de dormir, preciso de estudar, de limpar, não só a casa como a alma e consciência.
Preciso de tempo, Sr. que Estais ai no Céu, me dê um punhado do Seu tempo que Vos prometo dar bom uso ao mesmo. prometo não desperdiçar tal bem tão precioso e escasso.
Deuses do Olimpo, façam de mim meio Deusa para que os anos me sejam mera brincadeira e assim consiga concretizar todas as minhas ambições.
O medo apodera-se, a vontade de falhar aumenta, o descontentamento persiste, a auto-estima esmorece e assim fico eu, sozinha com o meu anti 848. Assim, sem nada para me agarrar, apenas esta insanidade louca que não me deixa dormir. Que me faz pensar freneticamente do que não sei, do que devia conhecer e desconheço. Do que devia ter tentado e não tentei, de tudo o que fiz e não fiz.
Por vezes penso em desaparecer, renascer das cinzas e assim voltar a sorrir. Mas este maldito artigo do Processo Civil a mim não assiste.
Procuro algo mais, o desentranhamento deste auto, desta norma que tanto me incomoda.
Que posso eu mais fazer? caiu, esfolo-me, sangro, choro pequenos lamurios, ajoelho-me, limpo a terra das mãos, passo as mesmas pelo joelho, olho para o cimo e sorriu.
já sei que vou voltar a tentar.
Musica nos ouvidos, uma pequena corrida pela minha terra, respirar fundo, olhar para minha mãe e dizer: tenho que pensar, tenho que arranjar uma solução. durmo cheia de sonhos, acordo cheia de força e lá vou eu em buscas de uma solução.
Mas depois, ....
Vira o disco e toca o mesmo.
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