Tuesday, October 5, 2010

estou so neste mundo, percorro na floresta da vida onde as sombras me agarram e consumem a alma, tento chorar mas ja nao tenho lagrimas, olho para a lua e vejo a minha uncia amiga, a minha acompanhante nesta odisseia solitaria.
cerco-me de seres alados nas noites de verao, mas a solidao permanece, sorrio e tento fechar os olhos e esquecer o meu fado, o meu destino macabro.
mas nao consigo, nao tenho como me esquecer, sombras negras me perseguem, se disfarçam de seres magicos, de seres encantados, mas a unica coisa que querem é me tirar um pouco da alma, cada dia que passa, cada verao vivido é menos um pedaço de alma, sinto-me cada vez com menos forças, como menos esperanças, peço a um anjo um desejo, peço a uma fada um encantamento, a uma feiticeira umam poção, mas estas nao têm meio de me libertar, peço a um carro desgovernado para me roubar a vida, mas perto de mim eles seguem a linha, peço a morte que venha, que me coma que me consuma, que se divirta com o meu corpo.
sigo o meu trilho, agora que as noites arrefem e as gotas caem do ceu, visto o meu casaco quente e sigo caminho, sinto os ramos das arvores ja mortas a tocar-me, tentam-se alimentar com o meu calor, com a minha alma com o meu ser, mas logo vomitam o que consumiram, nao presta dizem elas, o meu ser nao alimenta um arvore, sou seca, esteril, nao posso prosseguir com a vida, nao posso dar a natureza uma cria, nao posso dar continuidade a especie humana.
sou um nada dizem as arvores, diz o vento que nem o meu cabelo fazem dançar, as estrelas que nao me aquecem.
- pobre criança. diz a lua enquanto me acaricia enquanto dormo.
- n-ao tem alma, nao tem vida, nao tem destino, o nada lhe esta reservado. uma noite de prazer lhe foi negado, um carinho paternal foi-lhe tirado, um amor materno rejeitado.
a sabia curoja se recusa a ensinar sua arte, as formigas nao a querem empregar, esta jovem esta simplesmente condenada. a rua esperá, a loucura se aproxima, esta jovem vai ser esquecida.
nao te preocupes jovem menina eu a lua, nunca te vou esquecer, te ouvirem quando chorares ao som da chuva, te acompanharei quando tremeres de medo numa noite de inverno, todos te podem esquecer, te ignorar te repudiar, mas eu minha jovem ca estarei

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