Sunday, October 10, 2010

caminhavam pela cidade, ela exponha o seu belo vestido preto de penas rodado que exibia as costas delicadas, seus sapatos de verniz presos por fivela encantavam o seu andar dançante, sua franja plana realçava a beleza dos seus olhos, seu cabelo apanhado exibia suas faces tão marcantes, ela sorria enquanto se afastava do seu amado, fingia que não o queria, só para o ver caminhar ate ela, redopiou num poste que iluminava a sua dança erótica e engraçada, ele aproximava-se cada vez na ânsia de a alcançar.
a mão da jovem escorregou ao mesmo tempo que uma luz acelerava em seu encontro, em um segundo o seu corpo desapareceu e o jovem gritou de agonia.
...
lá estava ele na igreja sentado de cabeça baixa enquanto que as suas lágrimas escorriam, não se ouvia devido ao velório agonizante, jovens incrédulos, adultos revoltados, crianças perdidas e olhares de tristeza, ódio e ira.
aproximou-se daquele leito para ver sua amada.
seu vestido era vermelho, exibia o seu magnifico decote, seus rosto repousava com sensualidade e beleza, suas mãos cruzadas pediam carinho.
o jovem olhava para o rosto da sua morta, ansiava que esta abrisse os seus olhos, desejo realizado, a jovem num só espasmo abriu seus olhos e ficou assim apática, o seu olhar era intenso, seu olhar chamava por ele, desejava um beijo, desejava um toque.
- vem ate mim, sossorrou a jovem moribunda.
este não hesitou e aproximou os seus lábios nos da amada temia que estes tivessem frios, mas o calor era imenso em tais lábios carnudos e grenas. o beijo logo ganhou intensidade, paixão e tesão.
- Fode-me, implorou a defunta.
este não queria, temia em lhe tocar, mas logo sentiu a vida do cadáver quando este lhe tocou no braço com força, as mãos do jovem necrófilo logo se apoderaram dos seios da bela morta, apertou-lhe as coxas, meteu sua mãos em partes intimas e húmidas, não resistiu ao chamamento da amada e logo caiu sobre a mesma, enquanto a penetrava a rapariga gemia, ria-se de prazer, contorcia-se e olhava-o com paixão, com a mesma intensidade de segundos antes de ser colhida pelo veiculo. antes de se vir o jovem olhou para bela amada mas a sua visão criou-lhe partidas, via-a ali pálida inanimada, via tesão no seu olhar, via sangue no seu rosto, sentia frieza, sentia-se a perfurar a morte, sentia a paixão da amada, via seu rosto desfeito, sentia carne picada no peito, via sangue, via tesão, via morte via paixão, estes flaxes não o permitiram que este se viesse mas sim gritasse e se levantasse da cama de seu quarto.
seu corpo transpirava mas não do sexo mas sim do pesadelo, estava frio não sabia o que pensar, ainda se encontrava meio sonâmbulo.
olhou para o lado e viu a bela amada deitada, esta dormia com tranquilidade sem a querer acordar deitou-se a seu lado e tocou nos seus cabelos arruivados, ainda tinha o ondulado da festa, pendurado estava o vestido de cetim, justo de alças largas mas decotado.
- sim é verdade meu amor, eu morri.
- Hã, que estas a dizer? foi só um sonho.
- sim teres feito sexo comigo, no meu caixão.
enquanto a jovem falava tais palavras macabras foi se sentando em cima do rapaz apático.
- não te preocupes, mesmo morta quero-te, quero fazer sexo contigo, quero te sentir no meu corpo, faz-me sentir viva.
a moribunda beijava o pescoço da vida, sentia-a nas mãos semi-frias, mordiscava mas com calma, o jovem logo foi ficando com tesão, adrenalina do sonho ainda lhe percorria nas veias, apertou as nádegas da jovem, subiu a camisa translúcida da mesma.
a jovem percebendo logo quis ajudar e com suas mãos puxou o vestido para cima, mas na rapidez de tal acto seu corpo se desfez em nacos de carne, sangue coagulado e ossos esmagados.

.....

abriu apenas os olhos o pobre rapaz, não percebia o porque de imaginar tantas vezes a morte a da sua amada, esta estava longe, no outro lado do mundo por assim dizer, não a tinha, ela não lhe pertencia. tinha medo de dormir, tinha medo de sonhar com a morte de tal jovem.
a manha nasceu e assim caiu no sono por alguns minutos, levantou-se lavou o rosto refrescou o seu corpo.
depois do trabalho ao estacionar seu carro viu no fundo do estacionamento uma jovem, não estava propriamente composta para um evento o que o reconfortou, deixou o volto se aproximar, la estava ela, a sua amada, de Jean, camisa arregaçada botas camel cabelo solto e descontraído. sorria, seu sorriso tinha vida, comprimento-o com um ola e um doce beijo na sua face. este nao quis perder tempo, agarrou na cintura de vespa e beijou aqueles doces lábios, sentia o calor, sentia o necatr da jovem, sentia o seu batimento cardíaco.
- senti a tua falta. estou a ver que sim. obrigada pelo convite.
enquanto eles seguiam de mão da-da sentia-se o cheiro da trovoada, mas não fazendo caso a jovem largou a a sua mão e apoiou-se num poste de iluminação que logo serviu de para-raios e assim a jovem apanhou um choque que a fez se agarrar a morte, seu corpo conturcia-se enquanto a energia da electricidade lhe torturava os órgãos, caiu assim sem vida no chão e o jovem sem querer acreditar caiu de joelhos e gritou.
desta vez o jovem lembra-se da ambulância, de o corpo ser levado num saco de plástico do amparo dos amigos. fixou o rosto morto da jovem que mostrava dor e angustia. suas lágrimas escorriam sem expressão, o jovem nao sabia o que pensar.

...

o velório é amanhã, pensa o jovem quando se prepara para se deitar. olhou para o espelho e viu o reflexo da defunta. ao virar-se para traz ve o corpo da jovem semi-nu.
- porque me continuas a matar?
- não, eu não...
- esquece, mesmo assim mesmo sendo tua a culpa da minha morte eu te desejo.
aproximou-se enquanto deixou cair o seu vestido.
- desta vez nao te prego partidas, desta vez nao me desfaço, desta vez nao te acordo.
puxou os cabelos do jovem deixando sua cabeça inclinar, beijou o queijo, beijo o pescoço, lambeu os ombros, mordeu os peitorais, suas mãos sentiam os abdominais do jovem apático.
- nao penses. dizia a jovem enquanto se ria e se ajoelhava, brincou com sua boca, com a graça e encanto de sempre o jovem recostou-se, nao sabia o que pensar, apenas queria acabar com aquilo, queria se vir desta vez sem medo e pavor.
a mão do rapaz sem quererem ia dando ordens a jovem cadáver, esta divertia-se, brincava com os lábios e acariciava com a sua língua.
subiu e colocou-se sobre o jovem, pegou no seu falo e fez ares de que queria penetração.
- queres fazer sexo comigo?
- sim quero.
- então não me mates.
o jovem acordou na sua cama, olhou para as horas viu que já era dia e ligou para a jovem.
- Desculpa, serio desculpa.

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