Thursday, September 16, 2010

ninguem é obrigado a gostar de mim, nao pode, nao é permitido, as pessoas nao têm culpa de eu ser estranha, de ser esquesita, de ser diferente e anormal.
as pessoas nao t~em de gostar de nós so por gostar, temos de ter algo que faça merecer tal carinho, eu não o tenho, sou apenas aquela pessoa que serve para acompanhar no autocarro, para fazer fila no continente, que faz com que ocupe mais espaço no metro.
sou aquela pessoa com quem se pode falar durante umas horas, duas de maximo, depois ja começa a cançar. sou aquela pessoa que fala e que nao diz nada, que enche uma sala de olhares desconfortados, sou aquela pessoa que nada faz, que para nada serve.
nao posso obrigar ninguem a gostar de mim, nem os meus pais gostam de mim, eles fazem o que a sociadade lhes exige, agem de forma a nao serem punidos, mas nao me amam, ninguem me ama, se tivesse uma cria nem ela gostaria de mim, talvez me agradesse pelo leite materno, mas nada mais, nem mesmo ela, que seria um pedaço de mim me ia amar, nao r«sirvo para nada, sou aquele ser que vai encher a terra quando for enterrada, nada mais, para mais nada eu sirvo.
sou aquela que da 5cent para o metro e nada mais, sou quem diz as horas ou nao deixa a porta do elevador fechar para tu entrares, mas nada mais, nao faço mais nada neste pedaço de terra, nao tenho direitos, meus sonhos nao se realizam, pior pior ainda os outros têm o que eu desejo.
tento esforço-me mas nada, nao consigo, a minha compensa vai ser sempre entregue na porta ao lado.
sonho em morrer, todos os dias peço para morrer, ja que nem coragem tenho para me matar ao menos que um crro me atropele, que um emporram acidental me emporre para a linha do metro, que um louco flipe e me esfaqueie, que o cabo do elevador se roupa comigo la dentro, que uma veia do meu cerebro arrebente, que uma cobra me envenene, que um cao com raiva me ataque, que algo me faça morrer, so peço isso, ao menos que este desejo se realize, hoje esta semana, agora, que eu morra.

1 comment:

Vanessa Lourenço said...

Bárbara...não te sei dizer nada...não peças a morte. Sabes que um dia ela vem, desfruta até lá. E se não encontrares nada para desfrutar, lembra-te de ti, porque tu és única e insubstituível e se sentes que és só a pessoa que segura a porta do elevador e dá 5 cent para o metro é porque não percebes como tocas todos à tua volta. Por isso, limpa as lágrimas e tira os pregos do teu coração...olha-te no espelho e vê-te como eu te vejo e como todos que te conhecem te vêem, linda, mulher e absolutamente inesquecível.***