Friday, October 30, 2009


Farta deste mundo opressivo, onde a minha lealdade e honestidade é comparada com cobardia e burrice, onde a minha liberdade é sinonimo de podridão e mau carácter, quando o mal não esta em minha alma, em meu corpo e meu desejo de viver.
Sim desejo sexo, preciso dele como qualquer outro ser.
Não me vergonhoso de meu corpo nem dos seus movimentos, quero libertar minha mente danço meu sopro, de forma louca ou sensual e qual é o mal de tal facto? Nos meus movimentos não há maldade, mas de quem me olha existe muita malícia, alegando que sou puta, oferecida, traidora, uma verdadeira cabra.
Quem me olha vê em mim um escape para a sua vidinha medíocre, vê uma foda sem compromisso e uma aventura para guardar um cofre a sete chaves e depois mandar ao mar.
Minha liberdade de expressão choca, não os mais antigos, pois esses compreendo o seu pensamento e me contenho, mas jovens, jovens com cabeça envelhecida, que não compreendem a necessidade de nadar nu, de fazer conversa com um estranho, a necessidade de fazer uma guerra de almofadas ou de simplesmente a vontade de fumar uma gansa.
Sei que existem pessoas que não querem tomar uma pastilha, que quer se embebedar no Bairro Alto ou simplesmente dar um bafo num cigarro, compreendo e respeito, não insisto nem reprimo, mas porque que eu me sinto constantemente oprimida por apenas quererem ser livre?
Mas tento me libertar e expressar a necessidade da mesma, mais me deprimo, mais longe da liberdade eu fico. Quero um mundo justo, honesto e livre, mas não, vivo num mundo onde errar, roubar, enganar e burlar é bem, onde um homem que rouba comida para seu filho é preso e espancado mas um jovem sempre mimado por seus pais sem formação, viola uma rapariga e é posto em liberdade pois foi consensual, pois o comprimido que ela tomou dissolvido na bebida as suas escondidas não foi provado, pois ela é uma rapariga que foi sair a noite e vestiu mini saia, logo é puta e estava a pedi-las.
PORRA EU NÃO SOU PUTA, sou uma mulher, tenho um corpo e uma mente, deixem-me usa-la
Porque não posso me vestir de forma sensual, porque existem pessoas sem formação que educam seus filhos rodeados de podridão e maus valores, crescem a pensar que os seus umbigos são as coisas mais importantes do mundo?
Não posso querer fumar meu cigarro pois um homem com sentença marcada pelo seu colesterol e falta de agua no corpo olha para mim com desdém e diz que é horrível uma mulher fumar, e quando eu olho sinto nojo do seu olhar lascivo, mentiroso e sujo.
Custa-me saber que não posso seguir a regra da boa educação na rua pois ninguém a cumpre, todos se empurram falam alto e cospem no chão enquanto comentam que aquele toxicodependente não faz nada nesta terra, talvez se drogue para se esconder deste mundo asqueroso onde vivemos.
Amaldiçoo-o a minha cultura, amaldiçoo-o o meu conhecimento, a minha capacidade de pensar e o desejo de instruir minha mente e alma.
Amaldiçoou o que melhor tenho no mundo, pois com esta sabedoria sofro, vejo o mundo onde vivo o mundo que quero que morra, o mundo que devia ser destruído por uma partida do destino, desejo ser sugada pela terra e que da maldade que aqui se viva nasça uma esperança uma lufada de ar fresco.
Penso e me atormento com este mundo tão irreal para meus olhos.
Racionalidade, esta mão definida nos dicionários, é enganosa, pois racionalidade esta no facto de saber agir em altura de perigo, de dar a mão a quem vai cair do abismo, de dar comer a quem precisa de castigar o filho pequeno que chamou careca com desdém ao menino que tem cancro. È castigar quem não compre o comigo da estrada e por isso matou 1pessoa, pois simplesmente quis conduzir a 200km/h numa nacional enquanto estava embriagado.
Dar a mão a mulher viúva que esta desempregada pois não quis ir para cama com o patrão.
Ajudar a mulher espancada em casa, tirar das mães as crianças com um futuro pela frente, não deixar que uma mulher espanque seu filho o chame nomes ofensivos e lhe castigue com nutrição pois simplesmente disse merda, termo usual em casa, talvez a ª palavra ouvida ainda dentro do ventre de sua mãe.
Tirem-me deste mundo caso não haja esperança, desejo partir deste mundo onde não há futuro.

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