Tuesday, August 14, 2007

ali estava eu, sem mais onde me agarrar, minhas maos ja perdiao as forças e os olhos cerrados, sentia o abismo nos meus pes, o frio de medo nas minhas costas, mas o cansaço era tanto que me larguei, rezei que a queda fosse indulor, mas ja imaginando a dor e o desespero.
enquanto meus gritos caiam pelo abismo, minhas costas foram agarradas, sentia o vento bater no meu rosto, e uma sensaçao de alivio sem igual, mas tinha medo de olhar e ver que tudo aquilo era fruto da minha imagiçao e que cada minuto que passasse estaria mais perto do chao.
-abre os olhos, disse-me uma voz masculina mas delicada.-abre, ja estas sã e salva, bem longe do abismo.
quando abri os olhos simplesmente vi umas asas, gigantescas azuladas, onde o ouro chamava atençao devido aos seus laivos proiminentes.
tinha cabelo preto e brilhante, fios esses que caiam sobre os ombros masculos e resistentes.
-desculpa mas quem és tu?perguntei eu, ali nequele lugar desconhecido na presença de algo estranho e magico?
-eu sou um mero habitante deste bosque, deste reino sossegado, e tu?
nao sabia o que responder, pois nao sabia onde estava, como ali tinha parado.-nao sei, estava muito bem a descansar e ver as vistas quando derrepente apareceu um lobo, comecei a correr e a gritar.quando dei conta cai de uma falesia, e ali fiquei, durante horas, ja sei forças larguei-me e o resto tu ja conheces.
-explica-me como fui aqui parar, como surgistes tu e porque me salvaste?
-nao te lembras?pois claro ja passou muito tempo, mas deixa, anda vem comingo, precisas de descansar e comer algo. logo saberas.
agarrou-me novamente e la levantou vou outra vez, sentia-me segura e confurtavel nos seus braços, e assim enquanto ele batia suas asas eu via o seu mundo, toda aquela magia e explendor.chegamos a um palacio, de torres gingantescas e janelas longas e esguias. ali todos vieram em meu aussilio, nao percebia tal gentileza e carinho, mas deixei-me mimar, tinha passado por um momento estranho e perturbador, quis desfrutar um pouco daquele luxo.
banheira de louça bordada a ouro e a pedras preciosas, como era grande aquele quarto, como era fofa aquela cama recheada de almofadas e petalas.
ali estava no cadeirao um longo vestido verde agua, com fitas de cetim e um veu de seda que acampanhava meus braços ate ao chao. olhei-me ao espelho e nao me sentia eu, decidi prender meus cabelos ruivos e compridos, mas logo surgiram umas borboletas que fizeram questao de o apanhar e ondelar as pontas soltas, deixando meu cabelo numa perfeiçao que ja mais tinha visto. depois, quando pensava que ja estava pronta, as borbuletas deixaram cair sobre meus olhos um po, que nao me fez espirrar, nem pouco mais ou menos, sentia-me fresca e ao olhar para o espelho vi o brilho dos meus olhos e maças do rosto, parecia uma princesa.
- posso entrar menina? disse uma voz do outro lado da grande porta esmeralda.
-sim claro, disse eu sei saber o que fazer, talvez nao fosse para eu vestir aquelas vestes, talvez fosse para a dona do quarto.
-estas linda Madalena, disse a senhora enquanto se aproximava e me admirava. era uma senhora ja com uma certa idade, mas uma optima postura, cabelo rosa e longo, vestida de azul(azul que parecia a noite ao amanhecer), tinha uma corua de ouro com esmeraldas la cravadas, pensei que fosse a rainha.-vem minha querida, vem comigo, jamos jantar, deves ter fome e temos muito para conversar.
enquanto descia aquela grandiosa e curva escadaria ia vendo toda aquela luminosidade, todas aquela janelas vestidas de crepe celestial, todas aquelas fadas belessimas olhando para mim, olhar estranho mas quente, pois sentia-me observada e admirada. enquanto me aproximava do salao, onde uma grande e esguia mesa apresentava todo aquele luxuoso banquete, onde tudo era cheio de cor e brilho, fechei meus olhos brilhantes e senti todo o cheiro, frutoso mas com insencia a rosas, sentia tambem o cheiro do açucar. foi estranho, pois apesar daquela mistura estranha meu nariz nao pareceu estranho, parecia que ja o tinha cheiro antes.
quando abri meus olhos vi o rei, alto, musculado, mas muito elegante, vestido de verde musgo, com o dourado a companhar suas vestes, cabelo ja grisalho e barba comprida, tinha um sorriso familiar, sorriso que em tempos me aqueceu e embalou, achei tudo aquilo muito estranho, sem dar conta minhas lagrimas escorriam meu rosto, mas mais uma vez fui ajudada, pequenos pirilampos levaram ate mim um lenço um lenço rosado com linhas pratiadas, onde ali estava escrito um nome, Arianrhod, olhei para aquilo e nao consegui perceber aquele estranho nome.-é o nome da fada do luar, foi sua madrnha a lua que lhe deu, Ananrhod é a nossa filha, a princesa.
-onde esta ela? estas vestes que tenho sao dela? talvez devesse vestir minha roupa outra vez?!
-nao, deixa estar minha querida, nao ha qualquer tipo de problema, so o lenço é que é dela, o resto é muito grande para a minha pequena fada.enquanto a rainha dizia aquilo suas lagrimas escorriam, nao percebia o que se passava, pois parecia que falava com tristeza mas suas lagrimas pareciam correr com felicidade.
enquanto jantavamos, rei ao topo, rainha no seu lado do coraçao e eu ao lado de seu bastao, fomos rindo e conversando, nao falavamos nada em concreto, apenas de coisas divertidas e magicas.todos nos olhavam com muita admiraçao e felicidade, comentavam entre eles algo que so eles entendiam de tao baixo serem os murmurios.
-ja esta tarde madalena, acho que é melhor descansares teu corpo cansado, vem eu acompanho-te ate ao teu quarto.um dos guardas seguia a nossa frente e guiavanos ate aos aposentos, chegamos a umas grandes portadas, gingantescas, tao altas que mal se via o topo, quando o guarda abriu tal devisao eu fiquei maravilhada, que grandeuzidade, cama de ouro em forma lunar, estrelas cadentes viajando pelo quarto, almofadas maiores que meu corpo cheias de cor e brilgo, lantejolas rosadas acompanhadas por fios de esmeralda, colcha de linho bege seguido por rios de azul que desciam ate ao chao, onde a relva era macia e intensa, consegui ver pequenas flores crescerem no meio daquele manto sedoso.comuda cheia de rubins e esmeraldas, que se erguiam ate ao espelho respandescente que imitia a sua luz, pequenos frascos de cheiros magicos e aducicados, naqule quarto reina a cor e a tranquilidade, ao olhar para as esguias janelas pode ver todos os sons, eram pedrinhas que iam caindo pela janela, e assim criando um som magico quando chegavam ao pequeno lago,tanto era verde como azulado, algo estranho de se ver, mas magico para admirar.
vem madalena aqui esta a tua camisa de dormir. era de linho branco, com os obros tapados com uma simples tira, que continuava a cair ate aos meus pequenos pes. o bordado do peito era delicado e intenso, deixando ver de longe todos os seus relevos.minha cintura foi apertada por uma faixa de cetim azul claro, que combinava com os meus pequenos sapatos de verniz e salto delicado.
nao conseguia dormir, pois aquela beleza era tanta e magica que eu estava abismada admirar todo aquele encanto, so o som relaxante das pequenas pedras é que me deixou descansar.abri meus olhos, senti um calor energetico sobre minhas faces, ali estava o sol, acompanhado por pequenos passaros que cantavam enquanto levavam ate mim um pedaço de tecido para cobrir meus ombros, sai daquele padaço magico e fui ate ao salao, onde apenas via frutos e sucos, bolos e biscoitos, todo aquele cheiro fez abrir meu apetite, tudo me sabia bem, nao conseguia deixar de saboriar aquele leite quente mas refrescante, sentir aqueles doces frescos que me aqueciam a alma, e aqueles sucos que refrscavam meu pensamento.
-vem Madalena, vamos passear pelo jardim, ha algo que te tenho de contar.enquanto me aproximava da infinita janela, fui vendo todo aquele verde coberto de raios de luz, onde aos poucos minha vista se ia habituando e assim fui vendo o amarelo das flores, acompanhadas por rosas grenas e malmequeres brancas, onde um arco iris foi agitado e assim salpicado por toda aquela tela, onde vi os peixes brincar no riaxo, onde os passaros dançavam de arvore e arvore, onde pequenos coelhos satavam de alegria e agitaçao.- Madalena, tenho algo para te contar, sobre a minha pequena fadinha, Ananrhod, era uma pequena fada, como todas as outras, so com uma simples diferença, era filha do rei, logo tinha que ter cuidados que mais nenhuma fada teria de ter, mas coitadinha, ela so queria brincar.enquanto a rainha foi dizendo essas palavras eu fui-me lembrando um pouco do meu passado, de como gostava de correr no bosco com meus amigos, fugir por entre as arvores, atraz dos arbustos e dentro de pequenas covas.- um dia a minha pequena decidiu brincar por zonas perigosas, onde os dragoes sao livres de voar, e onde feiticeiros lansao seus feitiços. lembrei-me do negro por entre as arvores, o pingo de suor escorrer sobre meu rosto, mas avancei, era filha do rei, nao poderia ter medo.- e ali ficou minha fadinha, perdida no bosque negro, onde nenhum guardiam conseguio a salvar, bem que meu esposo tentou, ele proprio foi vencer dragoes e prender feiticeiros, tudo pelo nosso pequeno amor, a nossa Ananrhod.lembro-me de ter caido de uma falesia e de derrepente sentir minhas asas no chao, e assim se partiram, com elas minhas lagrimas foram escorrendo e as lembranças apagadas, fui colhida por um casal, que me amou como uma filha.
enquanto minhas lagrimas escorriam fui agarrada pela rainha, minha mae, enquanto chorava minhas lembranças foram voltando, uma a uma, e assim aos poucos minhas asas foram renascendo, e assim o rosa prateado voltou, voltaram com uma força nunca antes atingida, ao abraçar minha mae senti o vento criado pelas minhas asas, e ao olhar cima vi meu pai, rei das fadas, que sorria de forma quente e acolhedora, fui batendo asas em sua direçao e assim fui agarrada pelo seu amor, e assim fiquei, para sempre no meu mundo, onde pensava que o meus meus sonhos eram apenas sonho, mas nao eram a minha realidade.

3 comments:

João Morgado said...

Opá gosto muito da história! =)

A pequena Madalena que não se lembrava do seu passado. Escondido atrás das sombras da sua memória.
Filha de Rei é filha de Rei. O dom da bondade e da ternura pertence-lhe, assim como todo o reino das fadas.

Às vezes os sonhos não são sonhos. São a realidade. Nós é que temos medo de parar de sonhar e por isso continuamos perdidos no nosso mundo. Sem o partilhar com ninguém, para que ele não seja usurpado por estranhos.

Confesso-te que gosto muito do teu mundo.

Olá Ananrhod, bem vinda a ti.
***

Vanessa Lourenço said...

Mas porque é que ela se chamava Madalena?!o.O
Agora a sério, pirilampos e dragões, asas e palácios, quartos de contos-de-fada que moram dentro da própria fada. Sonhas alto, sonhas algo que parecem ser apenas sonhos. Não te posso dar ( ainda) o quarto perfeito com portas altivas, nem fadinhas que fazem o teu cabelo ser perfeito (se já não o é) mas posso dizer-te minha Madalena que és a minha Ananrhod, porque és a minha fada. és, já, uma fada, porque não tenho outra explicação melhor que teres vindo do meu mundo imaginário, perfeita como és.
Um beijo minha pequena fada princesa.

Thiago said...

Tens um enorme jeito para este tipo de contos. Atinges um promenor mais exato que o meu quando estou a escrever.

Adorei o que li em todos os aspectos, e aprendi a tentar explicar melhor o ambiente que se vive ao redor das personagens.

Continua assim, esta estupendo.