Friday, August 5, 2011



triste, é assim que me sinto.

sozinha, é assim que estou.

doí-me o coração, sinto um aperto no estômago. desejo o fim indesejado, desejo o ponto final em vez de reticencias, quero acabar com tal dor, tal sofrimento desnecessário.

quero deixar de sentir tal sentimento, quero bloquear a minha alma.

.....

em tempos não muito longincos pedi a Deus que morresse, pedi que meus pulmões deixassem de respirar, que minha boca deixasse de pedir alimento e que meus olhos deixassem de ver. mas Deus, esse sacana filho da Puta em vez de me tirar a vida, de entregar a minha alma ao diabo, fez me encantar de novo, fez-me acreditar que agora sim poderia tudo ser diferente, mas foi esperto este diabólico espécime, foi calmo e cauteloso, fez com que meu coração gélido aos poucos fosse descongelando, fez-me acreditar que podia ser tudo diferente, tudo melhor. Mas engano-me esse estupor, fez com que mais uma vez me banhasse na merda, que meu sangue esvaísse de forma lenta e vagarosa.

assim estou eu numa amarga melancolia, dor que tentei ao máximo evitar, não me deixei quebrar, não verbalizei sentimentos, desejos nem tormentos, mantive-me calma, serena e esperar, e tudo isso para quê?

Para ser gozada, enxovalhada, mal tratada, desprezada, desrespeitada, atormentada, outros adjectivos que nem no nosso vasto vocabulário existem.

odeio-te, odeio-te, odeio-te pelo que me disseste, pelo que me fizeste, pelo que pensaste e insinuaste. pedi-te que me deixasses, pedi que parasses e mesmo assim continuaste com o teu jogo sem nexo, com o teu jogo sem propósito. Odeio-te, apenas peço-te, deixa-me e devolve-me a merda do... .

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