Saturday, February 5, 2011

perturbaçoes mentais

Ansiava por te ver, por te tocar,

mas não podia, estavas longe, bem longe de mim, bem afastado.

Metros, km nos separavam, me faziam sentir só, abandonada.

Não sabia o que pensar, não sabia o que fazer, não sabia o que raciocinar,

se um futuro próximo feliz, se um futuro distante encantado

ou recordar este presente atordoado e macabro,

onde a tua ausência é como facadas no meu peito,

como um mexer inquietante das minhas entradas,

ou uma simples dor de cabeça que esgana, que corrói e que enche a minha mente.

Que posso eu penar? Que posso eu fazer?

Ai, dói-me a mente, dói-me o coração,

minha barriga mexe como se tivesses traças e não borboletas.

Que posso eu fazer? Que posso eu pensar?

Estas longe e não respondes às a minhas falas,

não há retorno das minhas chamadas,

não há forma de saber o que pensas o que queres ou o que esperas.

Ai, será que posso continuar assim?

Neste tormento de ignorância, nesta confusão sentimental,

nesta gripe de melancolia ou neste extasie aterrorizador.

Choro nas noites de chuva,

Choro nas noites de verão,

Choro quando quero, choro quando posso.

Sorrio no meio das lágrimas, espera desflorestar no meu ser,

Sorrio durante a angustia.

Será loucura, esperança, delírio ou conforto?

Já não sei o que se passa na minha mente,

Já não sei o que escrevo,

Já não sei o que penso.

Louca, maluca, doidivanas, sonhadora, parva ou ingénua.

Como me classificam, como me defino, como sou?

Um ser, uma mulher, um sonho e um desejo.

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