Sunday, December 5, 2010
roubas-me a alma
Corro pelo bosque, tenho medo, medo de ti, ser que me fascina, ser que me atormenta, ser que me mata.
Escondo-me entre os arbustos mas sentes o meu cheiro, medo, desejo, tesão e pavor. A minha respiração é ofegante, temo-te mas também te quero, mas fujo, fujo do meu destino já traçado, caminhas com calma e sem pressas, pois por muito que fuja, que corra e me esconda tu encontras-me, sorris com malícia, sabes que te vais alimentar de mim, tento fugir, largo meu casaco de malha e mando-o para longe, segues com o teu rosto, sentes o meu cheiro, afastas-te por instantes e pegas no casaco cheiras o com intensidade, sabes que estou perto e o desespero só te excitou mais, sentiste o cheiro no meu casaco, apertas o com força, sentes o meu cheiro desejas-me ainda mais, anseias por mim, eu corro e sinto os teus passos próximos corro e choro, já não escondo o meu som, sei que me vais apanhar, grito que não, peço que pares, mas não paras, cada vez andas mais rápido e sorris mais, sentes-te perto de tua presa, do teu alimento, de mim. Corro e fecho os olhos não me quero ver ser capturada, sinto o meu braço preso e meu corpo lançado sobre um corpo frio. Abro os olhos e vejo o teu olhar, olhar esse que outro ora me fez apaixonar. Sorriso que aterrorizante que em tempos admirava, tento me afastar, dando passos para trás, deixas-me andar, encosto-me a uma árvore já velha, seus ramos se fecham deixando-me assim sem saída, presa para ti, ali estou eu a tua mercê, tocas-me na face, desces até ao pescoço, sinto a tua mão gélida e arrepio-me, suspiro, medo tesão não sei, só sei que não quero estar aqui, não quero sentir isto, não te quero, quero, mas não te posso ter, fazes-me mal, aproximas a tua boca ao meu busto, beijas-me com calma o seio, despes o meu vestido, rasgando-o com calma, vês assim o meu corpo exposto, pronto para ti, tremo, frio, medo desejo, tudo percorre o meu corpo, o choro não para, peço que pares, mas tu ris-te, não falas, apenas te ris, tuas mãos percorrem o meu corpo, teu corpo faz com que minhas pernas se abram e fico assim pronta para a penetração, mas não quero, sentes o meu desejo, mas é falso, eu não quero, tento mexer meus braços, mas estão presos, o máximo que consigo que te tocar ao de leve e isso sabe-te bem, tento te arranhar mas isso faz-te olhar para mim de forma ainda amais lasciva, imploro quase sem forças, peço que pares, peço que me deixes.
Tuas mãos perdem-se no meu corpo amedrontado, no meu cabelo despenteado, no meu rosto encarnado, apertas-me o corpo, mordes-me o pescoço, beijas-me os seios, apertas-me as pernas, imploro que pares, gemo de prazer mas peço que pares, peço que não me mates, imploro por minha vida mas riste, olhas-me e sinto que esta na hora, sinto a tua mão afastar, imploro que não, peço que não, sacas do teu punhal, sinto o seu frio sobre o meu corpo, sorris e beijas-me e eu grito que não, peço ajuda imploro por misericórdia, mas mais eu grito mais tu gostas, mais te excitas, afastas o punhal em forma de balanço e olhas-me com intensidade mortal, eu choro, tento escapar mexo-me sem efeito e a tua mão se aproxima frenética eu grito de forma estridente, os pássaros levantam voou, os corvos anunciam minha morte, árvores escondem o seus rostos, lobos correm para longe, as pedras viram costas e tu vens com tua mão frenética, sinto o frio da espada, rasga-me a pela perfura-me a carne, desce para abrir mais a carne delacerada, o sangue escorre e tua boca bebe, tua mão saca-me o coração, olhas-me ainda com vida e mordes o meu coração, comes o assim a minha frente, meu corpo fica pálido e ainda mais frio, meu olhar perplexo e inanimado.
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