Wednesday, June 16, 2010

5 anos

Estava deitada, estava escuro, apenas se ouvia o vento que entrava no meu quarto sem autorização, abri os olhos, sentia-me observada, olhei para a janela e de la vi um vulto.
sentei-me abismada, não tinha medo, apenas intrigada com aquela aparição, viva numa torre alta não havia como chegar a minha janela.
o vulto logo se decidiu em despir e dessa forma a sua capa caiu no meu soalho de madeira antiga, uma luz iluminou todo o meu quarto, mas não me ofusquei apenas admirei aquela perfeição, aquelas forma perfeitas, aquela ausência de gordura e nada de excessos de músculo, um ser perfeito, seu busto era roliço mas não muito cheio, o suficiente para alimentar uma cria, suas ancas largas mas não de mais para parir, seu ventre liso sem sinais de gula ou desejo, sua pernas fortes capazes de correr milhas, mas com leveza que me suspeita para levitar, seus braços definidos mas não musculados capazes de levantar toneladas mas sem necessidade pois um só sopre afasta qualquer peso.
olhou-me de forma triste, como se me anunciasse a morte, meu olhar apenas pediu que não, meu choro atormentou-me a alma, minha boca tremia de pavor de angustia. - Não, eu não posso morrer, ainda tenho muito para viver.
pensava para comigo, mas aquela alma lia-me o pensamento.
- Não fiques assim, não te vou levar já, ainda não é tempo, apenas vim para te avisar.
visto que te vais embora ainda moça, devias saber, para poderes viver o que ainda te falta e o que te está destinado.
Não temas a morte, ela não te faz mal, apenas faz parte.
- Mas porque agora, tão cedo?
- não vai ser hoje nem amanha....
- Mas moça ainda, foram as suas palavras, quando? que quero saber quando é que vou morrer, quando é que vou deixar o meu corpo? como o vou perder, como é que vou morrer?
- Calma, não te posso dizer o como nem a data exacta, mas posso te dizer que chegaras aos 30 mas passar deles isso não vai acontecer. será o teu ultimo aniversário, daqui a 5 anos vais comemorar o teu ultimo aniversário, vais chorar de tristeza e alegria, por te veres rodeada de quem gostas de saber que foste feliz ate ai e esperaras a tua morte com calma e paciência e mesmo nessa espera vais viver.
assim me despeço minha pequena, não te aflijas, chora tudo esta noite a aproveita as restantes, faz amor todas as noites nem que seja em pensamento, beija a face dos teus amigos, ri-te com tua família.
ate daqui, daqui a 5 anos.
nessa noite não dormi, chorava de forma frenética e angustiante, meus pais foram ate meu quarto, não sabiam o que tinha, agarravam-me com força na falsa esperança de me consolarem, mas não conseguiam, te-los ali a meu lado só me fazia chorar mais, como podia eu morrer 1º que eles, como iriam eles suportar a perda de sua cria. se só no meu pranto eu via o temor nos seus olhos, quanto mais com a minha morte, que podia eu fazer para os ajudar, queria que partissem, que me deixassem sozinha no meu pranto, mas não queria, tinha medo, precisava do calor paternal, não sabia o que fazer, ate que o choro me fez adormecer, ainda soluçando e dormindo sabia que eles não me deixavam, dormiram ali em minha volta como quando tinha 5 anos, 5, é numero de anos que me falta para viver, tenho de os saber aproveitar.
na manha depois do choro frenético acordei atordoada, não sabendo se tinha sido apenas um pesadelo, meus pais já la não estavam, estava só no meu quarto, segui a brisa que entrava para meu quarto e foi quando vi a capa, ali estava ela, as vestes da mensageira da morte, afinal era verdade tinha apenas ate aos 30 anos para viver e ainda tanta coisa para fazer.
no quarto de banho molhei o meu rosto e vi-me ao espelho, estava vermelho o meu rosto assim como os olhos inchados pelo choro, mas compus-me, tomei um banho vesti o meu vestido grena de pintas brancas calcei meus sapatos brancos apanhei meu cabelo e coloquei uma margarida no apanhado, segui para a rua frenética, não tinha tempo a perder.
toquei á campainha de um escritório corri pela porta ate uma secretaria, ali estava ele, o homem que gostara mas que era difícil amar, nunca trocamos mais que um beijo nunca calhou o contrario, mas sabia o que queria, queria poder fazer amor com ele, poder sentir a sua pele, os seus beijos mais profundos mas nunca o fiz com medo de me entregar, assim como ele que temia se apaixonar.
mas não queria saber quem tinha algo a perder seria eu e não fazia mal, pois ia mesmo morrer.
aproximei-me dele devagar e tentando controlar a respiração, ele estava abismado a olhar para mim.
- que fazes aqui, percorreste todo este caminho ate mim?
- sim.
- mas porque?
- cala-te e beija-me é só isso que eu quero, nada mais.
beijei-o com força e desejo, suas mãos não hesitaram em me abraçar.
....
fechei a porta por traz de mim, aproximei-te da parede e levemente toquei os meus lábios sobre os teus, querias me beijar mas eu não deixava. agarraste-me e encostaste-me contra a parede para poderes me dominar, mas afastei-te com os braços e voltei-me contra ti.
- despe-me
e assim de forma obediente foste desabituando os pequenos botões do meu vestido grena, enquanto as minha costas ficavam mais exposta sentia sentia os teus lábios sobre os meus ombros, afastavas o vestido com jeito e pouco a medo, não querias ferir a minha pele, passaste a Mao sobre a tatuagem das minhas costas o que me fez arrepiar por ser sensível ao toque.
deixaste cair o meu vestido sobre os pés e voltaste-me para ti, assim semi nua e exposta beijei-te com paixão.
elevaste-me com os teus braços e assim ficaste entre as minhas pernas, sentia o frio da parede a contrastar com o calor do teu corpo, sentia a minha pele a ficar marcada pelos teus dentes, molhada pela tua língua e vermelha com o toque das tua mãos, mas não, ainda não era hora para a junção dos nosso corpos, a muito que aguardava por este momento e não queria o desperdiçar assim, tinha de ser único este momento, para nunca te esqueceres de mim.
levei-te para o sofá que estava na outra sala, sentei-me sobre ti e fui te despindo a camisa, mas não te beijava, apenas passava com os meus dedos ao de leve sobre a tua pele, estavas arrepiado e ansioso de mais, mas não ainda não, aproximei-me do teu tronco e fui soprando ao de leve enquanto os meus dedos dançavam sobre a tua pele eriçada.
agarraste.me nos braços com força e mandaste-me parar mas sabia que não era isso que querias, o que querias era sentir ainda mais prazer, mas isso estava quase, desapertei-te as calças e assim fui brincado com as minha mãos enquanto estas entravam por dentro das calças desabetuadas, minha boca não hesitou em brincar, passava a minha língua pelo teu tesão e assim sentia-o a crescer ainda mais na minha boca, divertia-me com aquele jogo enquanto saboreava o futuro prazer que viria a ter.
subiste-me com os teus braços.
- beija-me, pediste de forma forte mas imploratoria também, e assim perdemos-nos nos braços um do outro, os nosso movimentos eram incertos mas ligavam, deitas-te no sofá e dessa forma fiquei presa com o teu corpo, mas sabia bem estar assim, sentir-te Tao perto de mim, quase que as nossa peles se juntavam, o suor escorria mas não incomodava, pelo contrario, refrescava os nosso corpos quentes, sentia a tua pele entre as minhas unhas, minha boca mordia-te enquanto as tuas mãos me agarravam, despiste-me a pouca roupa que restava enquanto te ajudava a tirar a tua e dessa forma agora nus e simplesmente termos pele contra pele nada nos impedia de sentir a verdadeira loucura do desejo, já há muito que ansiava por este momento.
pus-me sobre ti sentada e tu pensavas que ia deixaste entrar para dentro de mim, mas enganaste-te a minha mão servia de escudo de barreira, não te deixando penetrar-me.
- enfia, imploravas tu enquanto tentavas me roubar a mão.
olhei-te de forma lasciva, só estava a querer ver o desejo no teu olhar, queria que me implorasses por prazer, e era isso que te ia dar.
ao soltar a minha mão tu penetraste-me com força mais que o contaras e isso deu-me um prazer louco, emiti um gemido de prazer mas não ouviste devido ao teu.
sabia-me bem estar sobre ti, estava eu acontrolar, a dominar-te, provocava-te arrepios enquanto me fodias, sabias bem estar assim. mas logo mudaste de ideias, agarraste na minha anca e meteste-me por baixo de ti, com uma só mão agarraste-m nos braços ao alto deixando assim o meu corpo exposto, a tua mão solta estava frenética, apertava-me os seios, enquanto seita a tua língua sobre o meu pescoço, trincavas-me com delicadeza, não por cuidado mas por sadismo, sabia-te bem ver-me contorcer sem poder sair dali, a tua boca logo passou para os meus seios, lambidos e brincavas com a tua língua enquanto a tua mao se perdia na minha coxa, estava-me a descontrolar, estava a sentir prazer a mais e nao me podia mexer, não deixavas, quando me olhaste nos olhos viste o meu desejo, viste a minha loucura, sorriste de forma igualmente lasciva, o prazer que sentíamos era o mesmo, tu de me dominares e eu por ser dominada, sabia-me bem saber que a tua força sobrepunha-se a minha. a tua força era muito o que me deixava louca, sabia_me bem sentir agarrada por ti, sentia-me cada vez mais descontrolada e dessa forma soltei-me, não para fugir de ti, mas sim para te agarrar, queria te deixar marcas, mordia-te enquanto o meu corpo ganhava vida sozinho e se torcia de forma atingir mais prazer, minhas mãos te agarravam, minha boca mordia-te meu olhar comia-te, estava-me a sentir fora d mim, consegui-me por sobre ti e dessa forma senti-te ainda mais dentro de mim, contorci-me para traz enquanto tuas mãos me apertavam o busto, minhas mãos elevaram-se aos céus não como forma de agradecimento mas para poder assim sentir melhor o teu toque, mordia o meu lábio enquanto me controlava para não me vir na hora, mas estava a muito a tentar evitar tal fim, mas olhei para ti e vi que te debatias como eu, olhei-te nos olhos e beijei-te de forma mais calma.
- podes te vir, vimos-nos ao mesmo tempo. e sorriste.
enquanto o teu ritmo acelerava eu sentia a energioa a correr o meu corpo e a preencher todo ele, ate os meus dedos sentiam a energia, sentia-me cheia de energia e pronta a explodir, mas não tinha medo pelo contrario, esta energia so me dava mais prazer, sentia-me extasiada como se tivesse consumido drogas, estava a entrar num estado que nunca tinha sentido, todo o meu corpo fervelhava, sentia aquela energia a aumentar cada vez mais, abri os meus olhos de tal forma que por momentos temi que saissem de orbita, nao sabia o que se passava nao sai daquele estado, cada toque teu fazia com que sentisse choques que me davam ainda mais prazer, deixei de sentir o meu corpo, apenas sentia energia, so assim para saber onde se encontrava o meu corpo, olhei para ti e vi que passavas pelo mesmo, estavamos juntos mas era como se nao importasse a presença do outro, apenas nos preocupavamos com o nosso prazer, a aragem da janela fazia me arrepiar o que aumentava ainda mais o meu estado nirvana, baixei-me ate ti, estava a ficar cansada mas o meu corpo nao, ele seguia qualque rumo desejado, limitava-se a contorcer como se levitasse
aproximei-me, agarraste no meu rosto e beijaste-o de forma muito leve mas mesmo nesse beijo senti a tua energia, esta percorreu todo o meu corpo assim como a minha entrou no teu corpo, e assim num beijo sentiamos a energia do outro, sentaste-te e ficamos assim aos beijos enquanto nos fundiamos de outra forma, nao conseguiamos parar a corrente electrica era demais, nao havia maneira de pararmos, era impossivel, ja perdida no tempo, sem saber a quanto tempo tinhamos começado com a brincadeira senti a energia a passar e ao olhar para os teus olhos via que o mesmo se passava contigo, deitamo nos e assim acabamos, caiste sobre mim quase desfalecido mas com um sorriso no rosto.
- dorme, estas cansado, vou fazer o mesmo.
beijaste a minha testa e caimos no sono.

1 comment:

Anonymous said...

Tavamos nos numa conversa alheia e qual nao e o meu espanto quando leio este conto e revejo tdo aquilo que me disseste!
Gosto da maneira como falas e transpareces aquilo que sentes num conto que na verdade é algo que tu sentes mm!
Gostei tb de ver um conto "inofencivo" que no meio entra um pouco de erotismo,o que fica sempre bem e desperta a atençao aos menos atentos ou que simplesmente nao teem mta paciencia para ler( por vezes e o meu caso),e que sempre da um pouco mais de extasie para saber como acabara o tal conto!
Continua assim..